Militão Augusto de Azevedo
Resenha por Jonas Lopes
![Rua do Rosário (atual Rua 15 de Novembro), no Centro, em registro de 1862: agradável passeio pela história Rua do Rosário (atual Rua 15 de Novembro), no Centro, em registro de 1862: agradável passeio pela história](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/militao-augusto-de-azevedo.jpeg?quality=70&strip=info&w=752&w=636)
![Militão Augusto de Azevedo foi o primeiro fotógrafo a documentar São Paulo ainda na metade do século XIX. Militão Augusto de Azevedo foi o primeiro fotógrafo a documentar São Paulo ainda na metade do século XIX.](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/militao.jpeg?quality=70&strip=info&w=920&w=636)
Se durante o século XX São Paulo serviu de inspiração para várias gerações de fotógrafos, o principal responsável foi Militão Augusto de Azevedo (1837-1905). Esse grande pioneiro tem a retrospectiva A Cidade Desaparecida exibida na Casa da Imagem. A montagem amealha oitenta imagens clicadas de 1862 a 1887. Trata-se de um passeio pela história, em direção a um lugar então ocupado por somente 30.00 habitantes, quase todos morando em casas feitas de taipa de pilão distribuídas por cerca de cinquenta vias. Nascido no Rio de Janeiro, Militão veio à capital paulista como ator e cantor lírico da Companhia Dramática Nacional. Para sustentar a mulher e o filho pequeno, abriu um estúdio, no qual se dedicou sobretudo aos retratos, embora não haja nenhum na mostra — esta se concentra nas paisagens. Cenários do centro antigo surgem vazios, em um silêncio impressionante, principalmente se pensarmos no contraste gritante com a megalópole de nossos dias. Aos poucos, o progresso começa a tomar conta da província. Ganham força os estabelecimentos comerciais, e as pessoas começam a passar mais tempo no espaço público, trajando chapéus e ternos elegantes. Prorrogada até 02/12/2012.