Memórias de um Gigolô
- Direção: cênica de Miguel Falabella e musical de Josimar Carneiro
- Duração: 130 minutos
- Recomendação: 10 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Levado ao cinema em 1970 e transformado em minissérie da Globo em 1986, o romance do escritor Marcos Rey (1925-1999) ganhou o formato de musical pelas mãos de Miguel Falabella – e, como adaptador e diretor, ele sabia da importância de um olhar próprio. Entre as décadas de 20 e 30, São Paulo, de certa forma, também viveu sua belle époque. Rodadas de carteados, cabarés enfumaçados e uma boêmia descompromissada ainda sentiam o efeito do dinheiro dos barões do café. Nesse contexto, a história do triângulo formado pelos proxenetas Esmeraldo e Mariano (interpretados respectivamente por Marcelo Serrado e Leonardo Miggiorin) e a prostituta Guadalupe (a atriz Mariana Rios) ganha um atrativo. O adaptador e diretor reforça um cuidadoso painel de uma cidade que perdeu sua humanidade em meio ao progresso. Os personagens se transmutam em meio a acontecimentos como a crise decorrente da quebra da Bolsa de Nova York em 1929, a Revolução Constitucionalista de 1932 e a decretação do Estado Novo de Getúlio Vargas em 1937. Dos protagonistas, Miggiorin é quem melhor aproveita as possibilidades, inclusive por causa da mudança de idade do personagem. Enquanto Serrado se mostra correto, Mariana surpreendente apenas nos números musicais. Entre os coadjuvantes preste atenção em Alessandra Verney, Mariana Baltar e, principalmente, no vozeirão de Adriana Capparelli capaz de valorizar muitas das canções compostas polo diretor musical Josimar Carneiro. Estreou em 10/7/2015. Até 29/8/2015.
Nova exposição imersiva de Klimt e Gaudí chega à Zona Leste
Polícia investiga caso de publicitário morto após fuga de sauna no centro
Não foi desta vez: Mila, em Pinheiros, precisa de ajustes
Enjoei abre primeira loja física em São Paulo com compra e venda por Pix
14 filmes de sexo na Netflix com classificação 18 anos
