Master Class
- Direção: José Possi Neto
- Duração: 110 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.




O diretor José Possi Neto está para a carreira teatral de Christiane Torloni como um porto seguro inabalável. Por confiança ou excesso de zelo, a atriz não ousa se afastar daquele que é seu parceiro constante desde a peça O Lobo de Ray-Ban, lançada em 1987. Com a comédia dramática de Terrence McNally, a profícua sintonia do encenador e a intérprete atinge o ápice, como se Possi a burilasse anos a fio para um desafio desse porte. Christiane representa a americana Maria Callas (1923-1977), o maior nome feminino do canto lírico, em uma trama de ficção inspirada na fase em que a cantora, já aposentada, ministrava aulas para aspirantes ao estrelato. As palavras ditas pela protagonista transmitem a segurança, a mágoa e até uma certa histeria definidoras do perfil de Callas. A bem construída dramaturgia, no entanto, só atinge tal efeito porque Christiane exibe um rigoroso trabalho corporal, reforçado por gestos, passos e olhares, como um balé repleto de sutilezas. Profundo conhecedor de sua atriz, Possi ultrapassa o limite da encenação com sua forte assinatura e confere uma aura de diva para Torloni, prontamente incorporada por ela. Dessa forma, afasta o espetáculo de um inevitável ponto de comparação: a montagem do mesmo texto, em 1995, protagonizada por Marília Pêra, de leitura mais irônica. No elenco ainda estão os atores e cantores Julianne Daud, Bianca Tadini, Leandro Lacava e Thiago Rodrigues. Estreou em 3/9/2015.
Francisco Bosco: “Há uma confusão entre a crítica ao machismo e a crítica aos homens”
Avenida Paulista terá manifestação contra congresso neste domingo (14)
Novo Bar Brahma, na região da Paulista, terá 3 ambientes e foco no samba
Caso Ângela Diniz: o que aconteceu com Doca Street depois de matar namorada?
Quem foi Ângela Diniz e por que sua história atrai tanta atenção?





