Mãe Só Há Uma
- Direção: Anna Muylaert
- Duração: 82 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Brasil
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Pouco menos de um ano depois da estreia do premiado Que Horas Ela Volta?, a diretora paulistana Anna Muylaert volta às telas com um novo trabalho. Saem de cena o humor e a crônica de costumes para a entrada de um drama familiar em Mãe Só Há Uma. O foco está em Pierre (papel de Naomi Nero), um jovem de 17 anos que transita entre gêneros. Músico em uma banda de rock, ele pinta as unhas, gosta de se vestir de mulher e transa sem compromisso com garotas, embora também tenha uma queda por homens. Um rapaz em conflito entra num redemoinho de emoções maiores quando descobre que aquela que ele considera sua mãe o raptou, recém-nascido, da maternidade. A crise de identidade é geral: Pierre será obrigado a conviver com os pais biológicos (Dani Nefussi e Matheus Nachtergaele) enquanto enfrenta a transição para a vida adulta. A cineasta e roteirista espia um momento complexo e delicado com carinho e sem julgamento moral. Ao redor do protagonista, orbitam personagens igualmente perplexos e perdidos diante de uma situação rara. Uma boa ideia para ficar ligado: a mesma atriz interpreta as duas mães. Estreou em 21/7/2016.