Léo e Bia
- Direção: Oswaldo Montenegro
- Duração: 97 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Brasil
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr


Consagrado compositor, Oswaldo Montenegro estreia como diretor de cinema fazendo uma adaptação de seu drama musical homônimo, encenado na década de 80. É preciso levar em conta algumas coisas para embarcar na proposta. Trata-se de uma produção modesta e caseira (sem dinheiro público) e gravada em dez dias num único cenário. O tema, razoavelmente datado, ganha tratamento estético interessante — o diretor mostra serviço com uma câmera bastante enérgica, montagem dinâmica e fotografia caprichada. Chatinhas, as canções tentam dar respiro à narrativa, mas só acabam emperrando o fluxo. A trama, ambientada em 1973, apresenta assuntos como gravidez indesejada, aborto, repressão política, homossexualidade, relações maternas… Tudo numa embalagem de solene tom teatral e endereçada, sobretudo, ao público jovem. Num galpão, um grupo ensaia seu novo espetáculo e, ao mesmo tempo, desenrolam-se os dramas dos atores. Léo (Emílio Dantas), comandante da trupe, namora Bia (Fernanda Nobre), uma moça castigada emocionalmente pela mãe dominadora (Françoise Forton). Quando percebe uma ponta de carência em Léo, Marina (Paloma Duarte) entra na jogada formando um triângulo amoroso. Estreou em 17/09/2010.