Interestelar
- Direção: Christopher Nolan
- Duração: 169 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA/Inglaterra
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
É impossível desassociar Christopher Nolan da palavra ousadia. Desde Amnésia (2000), passando pela trilogia Batman (2005, 2008 e 2012), até A Origem (2010), o diretor tem se destacado por comandar projetos autorais torrando a grana de grandes estúdios. Seu novo trabalho é uma ficção científica complexa e longa (quase três horas de duração) cujo trunfo está na grandiosidade estética e nos sutis efeitos visuais. Não à toa, concorre em cinco categorias no Oscar 2015: design de produção, edição de som, mixagem de som, efeitos visuais e trilha sonora. A fita se aproxima da trama espacial-existencialista do filme 2001 — Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Matthew McConaughey é Cooper, viúvo e pai de Murph (Mackenzie Foy), menina com quem tem uma forte ligação, e do adolescente Tom (Timothée Chalamet). Num futuro indefinido (embora a ambiência seja vintage), a Terra está sendo devastada por tempestades de poeira. A solução da Nasa consiste em levar uma equipe ao redor de Saturno para buscar um novo planeta e realocar os humanos. Ex-piloto, Cooper abandona a família e lidera a expedição rumo ao desconhecido. Anne Hathaway interpreta uma das tripulantes. Depois de um belo prólogo melancólico, há sequências que alternam imagens de rara beleza com blá-blá -blá científico. Estreou em 6/11/2014.