Idas e Vindas do Amor
- Direção: Garry Marshall
- Duração: 125 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Miguel Barbieri Jr





Além de bater O Lobisomem e Percy Jackson e o Ladrão de
Raios, que estrearam na mesma data nos Estados Unidos, Idas
e Vindas do Amor conquistou o topo das bilheterias americanas
em seu primeiro fim de semana. Lançado estrategicamente na
comemoração do Valentine’s Day (o Dia dos Namorados de lá),
teve faturamento de 63 milhões de dólares, quase o dobro dos dois
concorrentes. Na verdade, muitos espectadores levaram gatos e
gatas por lebres. Poucas vezes se viu um elenco tão estelar reunido
em uma comédia romântica tão tola e chocha.
O objetivo do diretor Garry Marshall (de Uma Linda Mulher)
era fazer o registro de um tumultuado Valentine’s Day em Los
Angeles cercando-se de atores de várias gerações. Um dos maiores
problemas encontra-se justamente no número abusivo de
personagens. Também não há uma história de amor capaz de fisgar a
plateia, comovê-la ou provocar simpatia. Astros como Jamie Foxx,
Shirley MacLaine, Queen Latifah e o jovem Taylor Lautner (o Jacob
Black de Lua Nova) encarnam tipos saídos da imaginação fantasiosa
da roteirista de TV Katherine Fugate e jamais da vida real.
Entre as tramas está a do dono de uma floricultura (Ashton
Kutcher) às voltas com o pedido de casamento à namorada (Jessica Alba). Há ainda a amiga confidente dele (papel de Jennifer
Garner), enganada pelo amante casado (Patrick Dempsey). Anne
Hathaway interpreta uma secretária tentando driblar o pretendente
careta (Topher Grace) ao atender ligações eróticas de um serviço de
telessexo. E Julia Roberts passa a fita inteira dentro de um avião
trocando olhares e sorrisos com o novo galã Bradley Cooper
(Se Beber, Não Case!). Aos personagens de Julia e Cooper, aliás,
ficam reservados desfechos inesperados que trazem a única
surpresinha em meio a um enredo de clichês e mesmices. Estreou em 19/2/2010.