Dumbo
- Direção: Tim Burton
- Duração: 112 minutos
- Recomendação: Livre
- País: EUA
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Ainda é cedo para dizer se as adaptações live-action de desenhos da Disney já demonstram sinais de cansaço, sobretudo porque, ainda neste ano, chegam às telas Aladdin e O Rei Leão. Mas uma coisa é certa: se a fórmula seguir a de Dumbo, o bom resultado será apenas nas bilheterias. Como se dirigisse sob encomenda, Tim Burton entrega uma atração infantil distante da excentricidade que se tornou sua marca registrada em trabalhos como Edward Mãos de Tesoura, Ed Wood e A Noiva Cadáver. Dumbo é um elefantinho que nasceu com as orelhas enormes. Separado de sua mãe, o animal tem o dom de voar, poder descoberto pelos irmãos Joe e Milly (Finley Hobbins e Nico Parker), filhos de Holt Farrier (Colin Farrell), um caubói de circo que perdeu um braço na I Guerra. Após virar a sensação do picadeiro, Dumbo será cobiçado por um empresário ganancioso (Michael Keaton). Como se nota, apenas o personagem principal foi aproveitado do desenho de 1941. O visual déco é um dos acertos da luxuosa produção, assim como o bem-vindo retorno ao cinema de Danny DeVito. Tim Burton, contudo, perdeu a oportunidade de focar o tema dos tipos que, por serem diferentes, são excluídos e marginalizados — uma referência em sua filmografia — para realizar um entretenimento gracioso e simplista com o rótulo “um filme para toda a família”. Bom para a Disney, ruim para os fãs de Burton. Direção: Tim Burton (EUA, 2019, 112min). Livre. Estreou em 28/3/2019.