Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica
- Direção: Dan Scanlon
- Duração: 102 minutos
- Recomendação: Livre
- País: Estados Unidos
- Ano: 2020
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Talvez Carros 2 tenha sido o maior equívoco da Pixar desde que a produtora de animação entrou no mercado, em 1995, com Toy Story. De lá para cá, só acumulou sucessos e prêmios em trabalhos como Monstros S.A., Procurando Nemo, Os Incríveis, Up, Divertida Mente e Viva — A Vida É uma Festa. Diante de uma filmografia tão rica e criativa, Dois Irmãos — Uma Jornada Fantástica é uma bola na trave. Sempre elogiada por seus roteiros imaginativos, que agradam a adultos e crianças, a Pixar recorre aqui à mesmice numa fórmula que se tornou sua marca registrada: a combinação de humor com momentos comoventes. A trama se passa num universo fantasioso, mas semelhante à vida dos americanos. Entre fadas e dragões, o elfo Ian é um adolescente inseguro que não superou a morte do pai. Ele mora com a mãe e Barley, seu irmão mais velho, que tem aparência de metaleiro. Numa carta, eles encontram uma maneira de trazer o pai de volta por apenas um dia. Realizam o feitiço, e do corpo dele só renascem as pernas. Os irmãos, então, saem em busca de uma pedra para a magia ficar completa. Há, é óbvio, uma “pegadinha” emotiva próximo ao desfecho. Até lá, o desenho segue a jornada fantástica do subtítulo, com espaço para passagens divertidinhas e para o morbidamente atrapalhado meio corpo do pai, algo que pode assustar os pequenos. Direção: Dan Scanlon (Onward, EUA, 2020, 102min). Livre.