De Amor e Trevas
- Direção: Natalie Portman
- Duração: 95 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Israel
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Dona do Oscar 2011 de melhor atriz por Cisne Negro, Natalie Portman mostra-se uma talentosa diretora no comando do drama De Amor e Trevas. Trata-se da adaptação do livro homônimo de memórias de Amós Oz, de 77 anos, o mais importante escritor israelense da atualidade. Em recriação de época cuidadosa, a história começa em 1945. Oz, ainda menino e interpretado por Amir Tessler, mora com a mãe, Fania (papel de Natalie, atuando em hebraico), e o pai, Arieh (Gilad Kahana), em Jerusalém. Ele escuta as tristes lembranças maternas e já tem o dom de criar contos fantasiosos. Também autora do roteiro, Natalie volta-se para as origens judaicas e pincela sua trama de fatos políticos, como a criação do Estado de Israel, em 1948. Concentra-se, porém, na relação entre Fania e o filho. É através dos olhos dela que o pequeno Amós Oz passa a enxergar os conflitos do mundo — seja no embate entre judeus e árabes à sua volta, seja no distanciamento afetivo de seus pais. Estreou em 5/5/2016.