Carlo Levi
Resenha por Jonas Lopes
Conhecido como autor de romances — escreveu, entre outros, Cristo Parou em Eboli (1945) —, o italiano Carlo Levi (1902-1975) manteve também uma sólida carreira como artista plástico. Uma boa parcela dessa vertente pode ser apreciada nesta mostra em cartaz no Centro da Cultura Judaica. Entre as 53 telas selecionadas pelos curadores Guido Sacerdoti e Antonella Lavorgna, ambos da Fundação Carlo Levi, de Roma, chama atenção a variedade de estilos. Levi começou sua trajetória entre o naturalismo e o impressionismo. Na década de 30 houve um salto de qualidade, quando o pintor entrou num território mais expressionista. Entre as melhores peças da mostra estão as dramáticas obras feitas durante a II Guerra Mundial, sobretudo o violento óleo A Guerra Partidária (1944), além de um registro das relações que Levi manteve enquanto morou em Roma, a exemplo do retrato da atriz Anna Magnani, vizinha do pintor àquela época. Até 23/6/2013.
Outras pinceladas: Carlo Levi estudou medicina, mas nunca exerceu a profissão. Foi também um ativo militante contra o regime fascista: chegou a ser preso por se opor ao governo de Mussolini.