Capitão América – Guerra Civil
- Direção: Anthony e Joe Russo
- Duração: 146 minutos
- País: EUA
- Ano: 2016
Resenha por Tiago Faria
Os exageros e a estridência de Batman vs Superman deixaram uma perguntinha incômoda entre fãs de quadrinhos: muito barulho por nada? Sempre atenta aos deslizes da concorrência, a Marvel Studios usou uma estratégia diferente (e acertada) para marcar posição na onda dos blockbusters sobre conflitos entre super-heróis. Em Capitão América — Guerra Civil, a crise política no front de integrantes dos Vingadores, dividido entre os “times” do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e do Capitão América (Chris Evans), é narrada sem climão sombrio nem abuso de efeitos especiais. Ufa! Já bem adaptados ao universo dos gibis, os diretores Anthony e Joe Russo (do eficiente Capitão América 2 — O Soldado Invernal) dosam com pique e fluência, e numa escala menos sufocante, toques de aventura de espionagem, thriller político, drama familiar e comédia juvenil. É difícil não abrir um sorriso, por exemplo, com o Homem-Aranha estabanado vivido pelo ótimo Tom Holland, ou perder o fôlego diante das transformações amalucadas do Homem-Formiga (Paul Rudd). Tal como no frustrante Vingadores — Era de Ultron, contudo, o excesso de conversa fiada (e haja discussão de relação…) emperra a primeira metade da trama, quando é aberto todo um debate sobre a possível interferência da ONU para controlar a atividade dos superpoderosos. O Homem de Ferro apoia a medida; já o Capitão América, não. Para a sorte do público, o disse me disse se resolve em cenas de ação inventivas que entusiasmam sem apelar para a grandiloquência. O “combo” de heróis, desta vez, deu liga. Estreou em 28/4/2016.