Belos Sonhos

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

O diretor italiano Marco Bellocchio recorre à mesma linha narrativa de Sangue do Meu Sangue, seu filme anterior, no novo drama Belos Sonhos. Usa duas épocas distintas, só que aqui para mostrar a infância e a maturidade do personagem Massimo. Em 1969, o garoto (papel do talentoso Nicolò Cabras) sofre um baque quando sua mãe morre aos 38 anos. Já adulto (e interpretado por Valerio Mastandrea), Massimo virou jornalista e preferiu levar uma vida de solteiro. É espetacular o registro, cheio de nostalgia e fúria, do passado. O mesmo não se aplica ao arrastado presente, realizado entre erros e acertos e com desfecho previsível. Tendo um protagonista psicologicamente abalado, o diretor perdeu a oportunidade de analisar seus traumas e levá-lo à terapia. Estreou em 22/12/2016.

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