As Viagens de Gulliver

- Direção: Rob Letterman
- Duração: 85 minutos
- País: EUA
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr




Na tentativa de mirar o público infantil, a comédia manda para longe o livro homônimo de Jonathan Swift (1667-1745) e dele aproveita muito pouco. Efeitos visuais bacaninhas fazem companhia para uma versão moderna e bastante pop, que tem a cara de seu protagonista — não à toa Jack Black também responde pela produção do longa-metragem. Quase sempre dado a interpretações exageradas, esse ator de Escola de Rock manda bem em alguns momentos, como se passar por um Cyrano de Bergerac soprando a letra de Kiss, de Prince. Mas falta vibração na trajetória do gorducho Lemuel Gulliver. Entregador de correspondência num jornal de Nova York, esse nerd trintão perde o posto de chefe para seu novato subalterno e decide dar uma guinada na vida. Trapaceia, então, a mulher por quem é apaixonado (papel de Amanda Peet) e dela ganha a oportunidade de fazer uma reportagem sobre o Triângulo das Bermudas. No Caribe, porém, o barco de Gulliver vira por causa de um maremoto, levando-o desacordado até Lilliput, uma terra habitada por seres minúsculos. Começa aí uma aventura cuja graça tende a ser mais aceita pela criançada. Estreou em 14/01/2011.