As Melhores Coisas do Mundo
- Direção: Laís Bodanzky
- Duração: 104 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Brasil
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Trata-se do terceiro longa-metragem de Laís Bodanzky, diretora de Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade. Saíram de cena os jovens do primeiro filme e os idosos do segundo para entrar em foco no seu novo drama os adolescentes paulistanos. A diretora fez pesquisa em colégios para deixar o retrato mais autêntico. Muita coisa, porém, soa artificial. Os conflitos centrais (pai que assume a homossexualidade e irmão com tendência suicida) podem até ser interessantes e originais na filmografia nacional, mas, no conjunto, são excessivos e pouco críveis. Restam os bons desempenhos dos protagonistas Francisco Miguez e Gabriela Rocha e uma ou outra passagem mais divertida e inspirada. Miguez interpreta Mano, um garoto virgem de 15 anos às voltas com os estudos, as paqueras, as aulas de violão, a primeira transa, o amor. Sua melhor amiga, Carol (Gabriela) — a personagem mais interessante da história —, mostra-se mais sensata e madura, e não vê a hora de se jogar nos braços de um professor (Caio Blat). Um inferno, porém, instala-se na vida de Mano quando seu pai (Zé Carlos Machado), também professor, deixa a família para assumir o namoro com um aluno (Gustavo Machado). Filho do cantor Fábio Jr., Fiuk interpreta, sem muito convencimento, o irmão mais velho (e mais revoltado) de Mano.