Armando Prado – Coisas como Elas São
Resenha por Jonas Lopes
Em 1977 o fotógrafo paulistano Armando Prado comprou sua primeira câmera Polaroid e imediatamente ficou tão encantado quanto milhares de outros que mantêm o culto ao filme instantâneo, que foi descontinuado há cinco anos. Até 2008, ele produziu 2.000 registros. Selecionou doze deles para a mostra Coisas Como Elas São, em cartaz na Fauna Galeria. Em temas variados, as imagens retratam cenas cotidianas, arquitetura e flagrantes urbanos. “Sempre me fascinou esse processo tão imediato. Os filmes eram relativamente caros e nem sempre achávamos para vender, então não saíamos clicando a torto e a direito”, afirma. “Se algo nos satisfizesse, logo sossegávamos, para economizar.” A disposição para o exagero cria reservas no artista em relação ao Instagram. “Há uma banalização da imagem hoje em dia”, diz Prado, que começou a carreira no fotojornalismo e agora se prepara para resgatar e exibir uma série feita na Praça Ramos de Azevedo, no fim dos anos 70. De 10/5/2013 a 29/6/2013