Alô, Alô, Terezinha
- Direção: Nelson Hoineff
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Brasil
- Ano: 2008
Resenha por Miguel Barbieri Jr

Não espere algo didático com começo, meio e fim. Jornalista, produtor e diretor de televisão, Nelson Hoineff preferiu se apegar no espírito escrachado que fez a fama como apresentador de Abelardo Barbosa, o Chacrinha (1917-1988), para conceber o documentário. São muitas (e deliciosas) as imagens resgatadas do Velho Guerreiro de seus programas nas TVs Tupi, Bandeirantes e Globo, entre as décadas de 70 e 80. Há um punhado de entrevistados famosos, como Roberto Carlos, Fafá de Belém, Agnaldo Timóteo, Fábio Jr. e Gilberto Gil. Também dão depoimentos ex-calouros e lendárias chacretes, como Rita Cadillac, Índia Potira e Fátima Boa Viagem. Entre momentos nostálgicos e outros constrangedores, Hoineff vai tecendo, sem perder de vista o biografado, uma crônica da decadência — seja por meio de personagens anônimos, seja através das aparições patéticas de artistas como Baby Consuelo e Nelson Ned. Todos, claro, ainda correndo atrás de seus quinze minutos de fama.