Após se surpreender com a qualidade das telas feitas por pacientes psiquiátricos que nunca haviam estudado arte, Abraham Palatnik decidiu repensar seu trabalho. Abandonou os traços figurativos e partiu para a arte cinética, vertente que explora efeitos visuais com base em movimentos. A retrospectiva em cartaz no MAM evidencia a importância do artista, hoje com 86 anos: ele foi pioneiro no país ao introduzir mecanismos e iluminação em suas obras. Aparelho Cinecromático, por exemplo, é uma caixa com lâmpadas coloridas e hastes de metal que balançam atrás de uma tela quase transparente. O jogo de luz e sombra dá a impressão de uma pintura. Em Objetos Cinéticos, as estruturas giratórias e os fios de arame tão conhecidos de Palatnik lembram o que seriam os desenhos de Miró se eles pudessem se mexer. A exposição ainda traz alguns móveis e quadros, feitos de ripas, de relevos ou óleo sobre tela. De 3/7/2014. Até 15/8/2014.
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