A Mulher de Preto
- Direção: James Watkins
- Duração: 95 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Inglaterra/Canadá/Suécia
- Ano: 2012





Resenha por Miguel Barbieri Jr.:
Exceto pela atuação no fraco drama “Um Verão para Toda Vida” (2007), Daniel Radcliffe ficou preso ao papel do bruxo Harry Potter por uma década (2001-2011). Este suspense de terror apresenta seu momento da virada. Aos 22 anos, o ator inglês amadureceu e fez uma escolha acertada para mudar de tipo e, pelo menos por enquanto, dar adeus à fantasia e aos enredos infantojuvenis. Radcliffe, adulto e de novo visual, vive Arthur Kipps, advogado viúvo e pai de um garotinho na Londres do início do século XX. Sua mulher morreu no parto e ele tem adoração pelo menino. Fica, portanto, desgostoso por deixar o filho para resolver pendências de um testamento num remoto vilarejo do litoral, onde depara com uma recepção nada hospitaleira. Os moradores não gostam do estranho e insistem para que ele parta logo dali. Relutante em abandonar o serviço, ele vai até a mansão onde morava a viúva que perdeu um filho em circunstâncias misteriosas — o corpo dele nunca foi encontrado. Lá, começa a ver vultos de uma mulher de preto. Seria algo real, uma ilusão ou um fantasma à espreita? Mesmo feito de sustos raros, o filme traz um bom clima de tensão e ambiência funérea. O desfecho também surpreende, embora a derradeira imagem aponte para algo espírita brega. E Radcliffe funciona? Empenhado e maduro, deixou, sim, Harry Potter para trás. Só o tempo dirá se ainda fará sucesso daqui em diante. Estreou em 24/02/2012.