A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein
Resenha por Laura Ming
Para montarem esta mostra em cartaz no Masp, os curadores Luiz Camillo Osório e Teixeira Coelho foram a Paris pinçar 150 peças, entre as cerca de 1.000 obras que ficam espalhadas por salas, quartos e pela biblioteca da casa de Sylvio Perlstein. Se num primeiro momento os trabalhos parecem não ter conexão uns com os outros, é porque o belga amealhou a coleção sem se prender a correntes estéticas: prevaleceram seu olhar e a amizade que ele tinha com os artistas. Essa proximidade rendeu luxos como os cartões-postais do japonês On Kawara. Baseadas em registros da vida cotidiana, as correspondências foram enviadas a Perlstein diariamente ao longo de dois meses. A exposição reúne outras joias. Do americano Roy Lichtenstein veio a tela Crying Girl (1964), um marco da pop art. Desse movimento também há exemplares de Andy Warhol e Jasper Johns. Pioneiro do abstracionismo, Wassily Kandinsky marca presença com Schwung (1922) e Marcel Duchamp, o precursor dos ready mades (a ideia de que um objeto já pronto pode ser arte), exibe L.H.O.O.Q., na qual pinta um bigodinho na Monalisa. De 6/6/2014. Até 10/8/2014.