A Favorita
- Direção: Yórgos Lánthimos
- Duração: 119 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA, Irlanda, Reino Unido
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
A Rainha Anne realmente existiu e governou a Inglaterra entre 1702 e 1714. O diretor grego Yorgos Lanthimos, porém, conduz A Favorita com humor peculiar deixando a trama mais com cara de folhetim bizarro (no bom sentido) do que recorrendo a uma história extraída da realidade. E é, justamente, aí que reside o talento do longa-metragem, não à toa recordista de indicações ao Oscar 2019, ao lado de Roma. Foram dez, incluindo melhor filme, direção e o fabuloso trio de atrizes: Olivia Colman, na categoria principal, e Rachel Weisz e Emma Stone, como coadjuvantes. Elas dão um raro show de sintonia. Os bastidores do palácio são desvendados por uma câmera indiscreta em um roteiro de traições, trapaças e amores velados. Mimada e cheia de manias, Anne (Olivia), debilitada e irritadiça, tem em Lady Sarah (Rachel) sua principal conselheira. Mas algo vai mudar no cenário da realeza quando a camponesa Abigail (Emma), prima distante de Sarah, aparece por lá pedindo emprego. Alpinista social, essa jovem vai descobrir um segredo que envolve as outras duas mulheres e, sem medir prejuízos futuros, fará de tudo para conquistar seu lugar ao sol. Direção: Yorgos Lanthimos (The Favourite, EUA/Inglaterra, 2018, 119min). 14 anos. Estreou em 24/1/2019.