30 Anos do Clube de Colecionadores de Gravura
Resenha por Julia Flamingo
Ao pagar uma anuidade de 5 000 reais, cada um dos membros do Clube de Gravura do MAM recebe cinco peças de artistas brasileiros. Essas obras raramente podem ser vistas pelo público. Uma exceção é o evento 30 Anos do Clube de Colecionadores de Gravura, que reúne o acervo completo produzido nas últimas três décadas, num total de 170 trabalhos. Eles são assinados por nomes como Daniel Senise, Antonio Dias, Tomie Ohtake, Shirley Paes Leme e Mabe Bethônico. A seleção mostra como o conceito estrito da gravura foi expandido ao longo dos anos. Há ali desde exemplares como Estrada, de Rodrigo Andrade, feito em 2013 com a tradicional impressão com matriz, até colagens, objetos e fotografias. Esses suportes diferentes estão ali por usar técnicas de gravação, impressão ou reprodução. Fazem parte dessa safra obras como Transição de Fase, do recifense Lourival Cuquinha. Ele apresenta 100 fotos de imigrantes que trabalham informalmente pelas ruas de São Paulo. Antes do clique, o combinado foi claro: em troca de poder fazer os retratos dos personagens (depois impressos em chapas de cobre), Cuquinha compraria artigos vendidos na banquinha dos comerciantes pelo dobro do valor normal. Para apreciar o conjunto, o ingresso é baratinho: de terça a sábado, sai por 6 reais e no domingo é na faixa. De 20/6/2016. Até 21/8/2016.