13º Distrito

- Direção: Camille Delamarre
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: França/Canadá
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.






Mesmo depois de quase sete meses, fica difícil acreditar na precoce morte de Paul Walker. Vendo 13º Distrito, o último filme pronto deixado pelo astro (ainda há o inacabado Velozes & Furiosos 7), sente-se profundamente o peso da fatalidade. Na fita de ação incessante, ele faz o que de melhor aprendeu ao longo da carreira: usar seu charme, carisma e bom humor para dirigir em alta velocidade e dar uns bons sopapos nos inimigos. Trata-se aqui do remake homônimo da aventura policial francesa de 2004. Walker substitui Cyril Raffaelli e David Belle manteve-se no papel. Na trama, Detroit acabou tomada pela violência num futuro próximo e, para contê-la, a bandidagem ficou segregada por altos muros em Brick Mansions. A prefeitura, de olho no local, quer detonar o bairro e construir condomínios de luxo. Sem saber desta intenção, o investigador Damien Collier (Walker) encarrega-se de se infiltrar por lá para desarmar uma bomba plantada pelo traficante Tremaine (o rapper RZA). Lino (Belle), um presidiário de nervos quentes cuja ex-namorada foi sequestrada pelo bandido, vai ajudá-lo na missão. Clichês pululam: o protagonista tem contas pessoais a acertar com o criminoso, a dupla se engalfinha como cão e gato, mulheres desfilam de blusas decotadas… Contudo, deve importar ao fã do gênero a maneira como os estereótipos são contornados. Camille Delamarre, estreante na direção, não economiza na adrenalina, seja por meios das eletrizantes perseguições a pé ou de carro ou na pancadaria rolando solta. Se Walker contribui com beleza e simpatia, seu parceiro arrasa quarteirões pela garra, energia e força bruta. Estreou em 19/6/2014.