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Com diferentes motivações, alunos 60+ aprendem a dançar balé

Com diferentes motivações, alunos 60+ aprendem balé clássico em aulas semanais no CCSP

Por Raquel Tiemi
26 out 2025, 08h00
Longevidança é um projeto do CCSP
Longevidança é um projeto do CCSP (Nina Gocke/Divulgação)
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Com as primeiras notas no piano de ‘No One Mourns the Wicked’, música de abertura do musical ‘Wicked’, cerca de quarenta alunos, todos com idades a partir dos 60 anos, se colocam nas barras para iniciar uma sequência de posições. Começa assim a aula de balé do projeto Longevidança, todas as quintas no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Com trajetórias pessoais muito distintas, os bailarinos amadores desafiam os estereótipos atribuídos à terceira idade e trazem em comum a paixão antiga pela dança.

Entre passos como port de bras e rond de jambe, as professoras Luma Preto e Marcela Páez, coordenadoras das aulas durante este semestre no projeto, explicam que a dinâmica de ensino não se limita à imitação, mas atravessa a consciência e a organização corporal de cada um, que se adapta em cada movimento. “Um corpo nunca vai ser igual ao outro e uma história nunca vai ser igual à outra”, afirma Luma. Assim, o Longevidança oferece técnicas para que todos possam dançar.

Novas bailarinas: sonho realizado em aulas semanais
Novas bailarinas: sonho realizado em aulas semanais (Nina Gocke/Divulgação)

O casal de alunos Esther de Vegar e Hugo Oskar, ambos de 74 anos, frequenta as aulas junto, cada um com sua motivação. Esther, que nasceu na Bolívia e viveu no Chile antes de se mudar para São Paulo, já adulta, tinha até certo rancor pelo balé, após sua filha ter escutado de uma professora que ela nunca seria bailarina por conta da curvatura de suas pernas. Hoje, em paz com a atividade, não perde uma aula. Segundo ela, a dança clássica também a ajudou no cotidiano. “Antes eu tinha muitas quedas enquanto andava na rua, agora meu equilíbrio e meus sentidos melhoraram muito. Não caio mais”, afirma.

Seu marido, com quem está casada há quase cinquenta anos, começou a frequentar as aulas por incentivo dela, mas sua relação com o balé vem de muito antes. Mímico de formação, o chileno Hugo relembra os dias de juventude em que fazia balé para aprimorar sua linguagem corporal.

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Outra história que retoma um caminho traçado no passado é a de Márcia Amarante, 68. Ela conta que desde criança tinha o desejo de aprender a dançar, mas seus pais não tinham condição de pagar pelo curso. “Só agora eu pude realizar esse sonho.” Nunca é tarde.

Publicado em VEJA São Paulo de 24 de outubro de 2025, edição nº 2967

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