Monalisa Paulistana, a escola de samba 100% gay
Foi-se o tempo em que a cabeleira do Zezé gerava dúvida. Criada em 2008, a escola de samba Monalisa Paulistana é composta exclusivamente por foliões da comunidade LGBT. Em outra palavras, a única agremiação 100% gay da cidade. Neste ano, eles desfilarão pela primeira vez no Grupo IV da União das Escolas de Samba de […]
Foi-se o tempo em que a cabeleira do Zezé gerava dúvida. Criada em 2008, a escola de samba Monalisa Paulistana é composta exclusivamente por foliões da comunidade LGBT. Em outra palavras, a única agremiação 100% gay da cidade. Neste ano, eles desfilarão pela primeira vez no Grupo IV da União das Escolas de Samba de São Paulo (Uesp). Trata-se da divisão inicial de agremiações carnavalescas. É preciso subir até o Grupo I, de onde os vencedores migram para a Liga Independente das Escolas de Samba, que concentra os Grupos de Acesso e Especial.
A primeira experiência aconteceu em 2010, quando a Monalisa Paulistana apresentou-se como convidada. Agora, a agremiação se juntou à Flor da Zona Sul e desfilará sob o nome Flor da Zona Sul — A Monalisa. “Fizemos isso por uma questão burocrática”, explica Renata Loureiro, vice-presidente da escola. “Se não fosse dessa forma, não teríamos a oportunidade de entrar no Grupo IV.”
Com oito alas e cerca de 500 componentes, a Monalisa passa pela Vila Esperança — onde acontecem os desfiles do Grupo IV — neste sábado (5). A fantasia que mais se destaca é a das baianas, que homenageia as vizinhas chatas paulistanas. “Lembra a Dona Florinda, porque tem bobes na cabeça e um rádio nas costas”, conta Renata, aos risos. A vice-presidente estima que o gasto total tenha sido de 46.000 a 50.000 reais.
Abaixo, desenhos das fantasias da escola. De qual você gosta mais? As legendas contêm o nome de cada fantasia.