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Ana Paula Padrão: “Vou virar mulher de negócios”

Jornalista deixou a bancada do <em>Jornal da Record</em> após quatro anos à frente do noticiário

Por Ricky Hiraoka
Atualizado em 5 dez 2016, 16h13 - Publicado em 21 mar 2013, 13h12

Na noite de ontem, Ana Paula Padrão se despediu da bancada do Jornal da Record após quatro anos à frente do noticiário. A jornalista antecipou em um mês o fim de seu contrato com a  emissora. Na entrevista abaixo, ela explica os motivos de sua saída:

Por que sair da bancada um mês antes do contrato vencer? Não foi uma rescisão. Foi uma pequena antecipação. Na semana que vem, tem programação nova para lançar. Se eu não fosse, iam especular minha ausência. Se fosse e saísse ia parecer que briguei. Achamos que era melhor e anunciar a saída já. A bancada estava muito pesada para mim e expliquei isso para eles. Fiz uma opção pelas empresas: o portal Tempo de Mulher, que tem 30 milhões de acessos por mês, e minha produtora de conteúdo, a Touareg. Com a nova lei que estabelece cotas de programação nacional nos canais pagos, vou abrir um setor para desenvolver formatos. Antes éramos muito focados no mundo corporativo.

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Fizeram propostas para você ficar? Nós chegamos a estudar outras possibilidades. Mas a bancada era o interesse deles. As propostas iam exigir um empenho que não consigo agora. Não posso parir dois “bebês” e largar desse jeito. Eu realmente vou ficar focada nas empresas. Vou virar mulher de negócios (risos).

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É possível que você volte futuramente em outro canal? Nunca descarto nada na minha vida. Eu não quero mais fazer dia a dia. Não me vejo mais na bancada. Posso até fazer TV desde que consiga tocar minhas empresas e ser feliz. Eu me sinto uma liderança feminina e gosto de trabalhar para elas. O Tempo de Mulher tem uma área de pesquisa que está sendo muito requisitada tanto por empresas que têm muita mão de obra feminina quanto por corporações que querem vender para esse público. Quero ajudar a criar fórmulas para estabelecer essas conversas.

Vai sentir saudades? Estou há 26 anos na TV. Vou sentir falta da pulsação da redação, mas agora preciso me dedicar aos meus projetos. Foi uma decisão muito pensada. Estou feliz e tranquila. É muito legal ver uma empresa dar certo. Vamos ver se serei tão boa executiva quanto dizem que fui jornalista.

As matérias exibidas pela Record contra a Globo e outros veículos incomodaram você em algum momento? Toda empresa tem acionistas que possuem interesses. O que você tem que fazer é estabelecer seus próprios limites, e os meus foram muito claros. O jornalismo de verdade nunca foi afetado por essas matérias. Uma coisa que admiro muito na Record é que ela foi a primeira emissora a colocar no ar o Brasil de verdade. Antes dizíamos que não poderíamos tocar em certos assuntos porque eram politicamente incorretos ou muito mundo cão, como estupro e violência. Mas esses temas fazem parte do país. As pessoas se identificaram quando viram matérias sobre isso no ar.

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