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São Paulo tem novo recorde de casos de Covid-19

O estado bateu novo recorde de ontem para hoje, com 327 novos óbitos, em comparação ao dia 19 de maio, quando foram notificadas 324 mortes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 jun 2020, 17h57 - Publicado em 2 jun 2020, 17h07

Na semana em que alguns municípios começam a reabrir a atividade econômica, o estado de São Paulo voltou a registrar hoje (2) aumento no número de casos e de mortes pela Covid-19, batendo novo recorde. Também apresentou aumento na ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI).

Com o registro de 6.999 novos casos de ontem para hoje, a região paulista bateu recorde de novos casos, ultrapassando as 6.382 novas confirmações registradas na última quinta-feira (28). Com isso, chegou a 118.295 casos confirmados do novo coronavírus.

O estado bateu novo recorde de ontem para hoje, com 327 novos óbitos, em comparação ao dia 19 de maio, quando foram notificadas 324 mortes. Com isso, até o momento são 7.994 mortes por Covid-19.

A taxa de ocupação de leitos de UTI também subiu, para 73,5%, no estado, e 85,5%, na Grande São Paulo. Ontem, a taxa de ocupação de leitos de UTI no estado era de 69,3% e de 83,2% na Grande São Paulo.

Em toda a região, estão internadas em UTIs 4.461 pessoas com suspeita ou confirmação da doença, além de 7.479 pessoas em enfermarias. O total de pessoas com alta hospitalar após terem sido infectadas pelo novo coronavírus é de 22.265.

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Plano São Paulo

Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 pode ser explicado pela maior capacidade de testagem.

Já para o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, Carlos Carvalho, o aumento também pode ser atribuído ao atraso na contabilização dos casos. Segundo explicou, nos fins de semana, a quantidade notificada é sempre menor, uma vez que os dados ficam represados e só costumam aparecer na terça-feira, quando são contabilizados os que ocorreram nos dias represados.

Para a secretária, o aumento do número em um único dia não implica mudanças no Plano São Paulo, que prevê a flexibilização gradual e regional da economia. Segundo Patricia Ellen, para que uma região passe para a fase de maior flexibilização econômica, depende de avaliação feita nos últimos sete dias — e não apenas em um dia.

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O Plano São Paulo leva em consideração a capacidade hospitalar para cada 100 mil habitantes, a ocupação de leitos de UTI da rede pública e privada, o número de novas internações e o de novos casos e de óbitos ocorridos nos últimos sete dias.

Isolamento

A taxa de isolamento social ontem (1) foi de 47% no estado e 49% na capital. Na segunda-feira passada, dia 25 de maio, quando o feriado de 9 de julho foi antecipado no estado, a taxa no estado foi de 51%.

O governo vem afirmando que observa uma desaceleração da epidemia em São Paulo. Segundo Carlos Carvalho, do Centro de Contingência, a capital já pode ter chegado ao platô de casos, uma situação de pico contínuo que demora a cair. De acordo com ele, na Grande São Paulo e no interior paulista ainda pode ocorrer um aumento dos casos.

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“A impressão que dá é que na capital talvez esse platô já esteja ocorrendo. Na porção da Grande São Paulo e em algumas regiões do interior provavelmente esse número ainda pode vir a aumentar”, disse Carvalho.

Leitos

Segundo o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, São Paulo tem ampliado o número de leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus]. Antes da pandemia, o estado tinha 3.492 leitos de UTI. Desse total, 1.071 foram destinados para ao novo coronavírus.

Além disso, foram criados 3.622 novos leitos. A ideia é que, em junho, sejam acrescidos até 1.604 novos leitos em todo o estado. Com isso, a capacidade passaria para 6.297 leitos de UTI para a Covid-19.

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Segundo secretário-executivo do Centro de Contingência do Combate ao Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, o estado tem hoje uma taxa de óbitos de 166 por milhão de habitantes, abaixo de países europeus como Itália e Espanha. A Espanha tem taxa de 600 óbitos por milhão de habitantes, enquanto a Itália tem 500 óbitos por milhão de habitantes.

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“São Paulo é hoje o nono estado brasileiro em mortes por milhão de habitantes. A capital é a sétima capital em número de óbitos por milhão de habitantes. Isso se dá por duas razões importantes: as medidas de isolamento e distanciamento. Em segundo lugar, pela questão de leitos de UTI. Quando a epidemia começou, o estado de São Paulo tinha mais leitos de UTI do que países europeus antes da epidemia, como França, Itália e Espanha. São Paulo perdia para a Alemanha. E não foi coincidência que a taxa de óbitos por milhão de habitantes, que no Brasil está em 139 [por milhão de habitantes], em São Paulo esteja em 166 [óbitos por milhão de habitantes]. A Alemanha tem taxa de 100 óbitos por milhão de habitantes porque tinha uma capacidade de leitos muito maior”, afirmou o secretário-executivo.

 

 

 

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