Continua após publicidade

Justiça manda reabrir serviço de atendimento na Cracolândia

Equipamento foi fechado ontem pela prefeitura. Saiba mais

Por Agência Brasil
9 abr 2020, 12h49

Em decisão liminar, a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, mandou a prefeitura da capital reabrir a Unidade Emergencial de Atendimento (Atende) que oferece serviços à população em situação de rua na região do centro da cidade conhecida como Cracolândia. O equipamento, que disponibilizava banheiros, alimentação e pernoite foi fechado ontem (8).

Uma parte dos serviços foi levada para um novo equipamento, construído no bairro do Glicério, a três quilômetros de distância. A prefeitura já havia fechado no ano passado outras duas unidades do Atende na região da Luz, no centro da cidade, onde ficam aglomeradas pessoas em situação de rua que usam drogas.

Pandemia

A decisão da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, atendeu a um pedido da Defensoria Pública de São Paulo. Na ação, os defensores argumentam que o encerramento das atividades do equipamento deixará a população vulnerável desassistida durante a pandemia de coronavírus.

De acordo com a defensoria, o Atende é o “único equipamento público que tem oferecido, mesmo que de maneira precária, água, alimentação e banheiros para as pessoas em situação de rua no local, a maioria delas em situação de uso abusivo de álcool e outras drogas”.

Continua após a publicidade

A argumentação da defensoria foi acatada pela magistrada. “Tendo em vista que o estabelecimento em questão é o único ponto de atendimento na região central da cidade, que concentra uma grande parte de pessoas vulneráveis, e tendo em vista o perigo da demora, já que a medida está prevista para a data de hoje [8/4], defiro por ora a liminar, para que não sejam tomadas quaisquer medidas visando o fechamento da unidade Atende”, decidiu a juíza, que determinou ainda que “caso já tenha se iniciado o fechamento, as atividades deverão ser, por ora, reestabelecidas”.

Novo serviço

Segundo a administração municipal, as pessoas em situação de rua serão atendidaa pelos Serviço Integrado de Acolhimento Terapêutico (Siat). Uma dessas unidades já estava em funcionamento na Armênia, na zona norte, a dois quilômetros do equipamento fechado hoje. A outra fica no Glicério, para onde foram levadas as pessoas removidas na ação de hoje.

O objetivo da mudança, de acordo com a prefeitura, “é melhorar o atendimento no acolhimento e no tratamento da saúde da população de usuários de álcool e drogas em situação de vulnerabilidade e que já faz uso do serviço de atenção integral”.

Continua após a publicidade

O Siat oferece 200 vagas, com alimentação (três refeições), possibilidade de higiene pessoal e atividades socioeducativas. Também estarão abertas as oficinas de artesanato, leitura, ioga e exercícios físicos.

Prefeitura

A prefeitura de São Paulo informou que vai recorrer da decisão. Em nota, a administração municipal disse que “o novo equipamento, o SIAT II – Glicério, atende todos os requisitos de direitos humanos e oferece melhor atendimento no acolhimento e no tratamento da saúde de usuários de álcool e drogas em situação de vulnerabilidade”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.