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Carola de Oliveira, ex-mulher de Chiquinho Scarpa, morre aos 40 anos

Versão oficial diz que a condessa sofreu falência de múltiplos órgãos e insuficiência renal em decorrência de diabetes

Por João Batista Jr.
Atualizado em 1 jun 2017, 18h36 - Publicado em 4 mar 2011, 17h57

No último dia 23, por volta das 15 horas, o adolescente Don Francesco, de 16 anos, encontrou sua mãe desmaiada na cama do apartamento onde moravam de aluguel, no Morumbi. Desesperado, Frank, como é conhecido, ligou para sua avó materna, Thaís, também moradora do bairro, para pedir socorro. Ela colocou a filha desacordada no banco de trás do carro e seguiu para o Hospital Santa Paula, no Itaim Bibi. Cinco minutos antes de chegar ao local, Ana Carolina Rorato de Oliveira, a Carola, sofreu uma parada cardíaca. Eram 16h40. Foi reanimada pelos médicos e seguiu direto para a Unidade de Terapia Intensiva. Desde então, respirou apenas com ajuda de aparelhos, e, 48 horas depois, foi diagnosticada sua morte cerebral. Tinha 40 anos de idade.

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Uma vez que Carola era jovem e passou mal repentinamente, seu falecimento levantou suspeitas. Parentes não permitiram que a equipe do hospital realizasse autópsia e exigiram que o atestado de óbito fosse assinado por um médico da família. “Não sou autorizado a falar do caso”, diz Vladimir Cordeiro de Carvalho, responsável pelo laudo. A versão oficial é que Carola sofreu falência de múltiplos órgãos e insuficiência renal em decorrência de diabetes. Sua taxa de glicemia oscilaria entre 300 e 500 miligramas por decilitro de sangue (o normal é entre 70 e 100). Por ter entrado no hospital com cerca de 42 quilos (media 1,55 metro), surgiu a hipótese de tratar-se de um caso de anorexia — desmentida pelos irmãos. “Na verdade, ela era emocionalmente instável”, conta um amigo da família. “Sofria de narcisismo e mania de perseguição.” No velório, realizado no Cemitério do Morumby, onde foi enterrada na manhã de sábado (26), estavam o tio José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e o primo Boninho, diretor do programa global “Big Brother Brasil”. “Os pais não querem saber o que aconteceu”, diz o primo Julio Xavier. “E, se soubessem, não divulgariam.” Parentes não descartam a possibilidade de ela ter sido usuária de drogas e de antidepressivos. 

A morte de Carola é o ponto final de uma vida repleta de aventuras e polêmicas. Filha da dona de casa Thaís Rorato (irmã da ex-governadora gaúcha Yeda Crusius) e do diretor de televisão Carlos Augusto de Oliveira, o Guga, ela sempre gostou de holofotes. Ficou famosa quando se casou com o playboy Chiquinho Scarpa, com pompa digna de um conto de fadas, em 1998.

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O circo midiático do casório só perdeu para o da separação, nove meses depois. A então “princesa Carola”, como passou a se intitular, virou atração de programas de auditório. No “Programa do Ratinho”, no SBT, e no “Leão Livre”, na Rede Record, suas aparições alcançavam picos de 36 pontos de audiência. Com sua voz suave e jeito de bonequinha de luxo, repetia ter encontrado Chiquinho na cama com dois travestis — o que ele sempre desmentiu com indignação. A ex-condessa desbocada perdeu o processo de separação litigiosa: não recebeu nem um centavo de pensão alimentícia e arcou com os honorários dos advogados, no valor de 5.000 reais. Em 2002, caiu na boca do povo como a encrenqueira do reality show “Casa dos Artistas”, do SBT.

Carola - Casa dos Artistas
Carola – Casa dos Artistas ()

Esquecida pelo público, Carola mudou-se para os Estados Unidos dois anos depois. Viveu em Atlanta até 2008, quando voltou de mala e cuia para Natal, no Rio Grande do Norte, onde tem parentes. Sempre participou da criação de Frank, cujo pai é um agente de segurança israelense com quem não mantém contato. Mãe e filho retornaram a São Paulo por pressão dos pais dela no ano passado. Conhecida pela vaidade, Carola não ostentava mais sua pele sedosa nem o cabelo bem cuidado. Sobrevivia com dinheiro dado pelos parentes. “Fiquei muito triste com a morte dela”, declara Chiquinho Scarpa. Segundo ele, Carola lhe dizia sempre “estar na borderline”, expressão em inglês para descrever quem vive no limite. “Uma pena ela não ter cuidado de si mesma.”

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