O roteiro mais descolado da Virada
Fuja das atrações mais mainstream: confira seis artistas novos e quatro artistas consagrados que estão com shows surpreendentes
Quando sai a programação da Virada Cultural, todo mundo já corre para ver quais são os nomes grandes imperdíveis. Mas há vida além dos artistas consagrados. A atração é também uma oportunidade para conhecer artistas que estão despontando. Fique atento aos que devem bombar:
O grupo começou a se destacar no circuito alternativo. Assucena Assucena, Raquel Virgínia (as duas vocalistas travestis) e Rafael Acerbi, na guitarra, lançam seu primeiro disco, Mulher, com direito a performances mais teatrais. Com um repertório inspirado nos trabalhos de Gal Costa, a banda também flerta com a bossa-nova, funk e o xote.
Sesc Pinheiros, na Rua Paes Leme, 195, Pinheiros. Sábado (21), 20h30
O duo é formado Dinho Zampier e Givly Simons, que dá a cara do projeto. Com um bigode grosso anos 70, camisa estampada e aberta até o peito e cabeleira farta sustentando um mullet, ele e o parceiro de palco trazem novamente a lambada, segundo eles, “de raiz”. Com um som divertido, não tem como não se animar com as faixas-chicletes-dançantes como Bicho, Que Calor e Melô do Jonas, e a bem humorada Gatinha, Gatinha.
Palco Barão de Limeira, na Rua Barão de Limeira, próximo à Rua Duque de Caxias. Sábado (21), às 21h.
A principal característica da banda é a divertida mistura de ritmos latinos como a cumbia, maracatu, salsa e o samba, tendo o folk como base. Formada por Sebastián Piracés Ugarte (vocalista, percussionista e violonista), Mateo Piracés Ugarte (vocalista e violonista), Juliana Strassacapa (vocalista e percussionista), Andrei Martinez Kozyre (guitarrista) e Rafael Gomes da Silva (baixista e back vocal), a banda traz composições cantadas em português com sotaque latino-americano e em espanhol com sotaque brasileiro e as percussões suingadas, que ganharam uma denominação própria dada pelos próprios integrantes: pachanga folk.
Sesc Pinheiros, na Rua Paes Leme, 195, Pinheiros. Sábado (21), 22h30
O paraense consegiu fazer um bem bolado entre a EDM e a música pop com o tecnogrega, com boas faixas para dançar. Desde o ano passado, o rapaz de visual andrógeno e plástico mostra as produções do disco #1, seu primeiro lançado profissionalmente, com direito a dedos de Kassin e direção astística de Carlos Miranda.
Palco Alfredo Issa/Beneficência Portuguesa. Rua Beneficência Portuguesa, 29, República. Sábado (21), 20h.
Há também três novos (e surpreendentes) discos de artistas já conhecidos:
Desde março, Céu mostra sua nova trilha, Tropix. Nele, a moça desvia um pouco do raggae e acerta nas batidas eletrônicas da disco music, do fim dos anos 70. Destaque para a bonita (e sensual) Perfume do Invisível e a quase-dançante, Amor Pixelado.
Palco São João. Praça Júlio de Mesquita, 1100, Santa Ifigênia. De sábado para domingo, 2 horas da manhã.
O rapper lançou no último mês Ainda Há Tempo. O disco foi o primeiro gravado pelo artista, porém, ainda de forma independente e caseira. Para celebrar os dez anos do trabalho, ele se uniu ao produtor Daniel Ganjaman para regravar as faixas, com novas batidas. É desse disco que saiu a inspiração para músicas como Bogotá e Grajauex.
Palco Júlio Prestes. Praça Júlio Prestes,s/nº, Campos Elíseos. Domingo (22), 15h.
O rapper já era figurinha carimbada nos shows de hip hop. Depois de disponibilizar algumas faixas soltas, o rapaz finalmente colocou o disco para os fãs. A Coragem da Luz foi lançado em março, com músicas que misturam elementos do jazz, bossa nova e R&B.
Palco República. Praça da República, s/nº. Domingo (22), 7 horas da manhã.