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Corpos das vítimas da chacina são enterrados

Força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública investiga se policias estão envolvidos com a série de execuções

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h10 - Publicado em 15 ago 2015, 16h53

Os dezoito mortos na maior chacina da história de São Paulo foram enterrados nos cemitérios municipais de Osasco e Barueri na manhã deste sábado (15). Os parentes das vítimas cobraram as autoridades para que os assassinos sejam presos. A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública investiga se policias estão envolvidos com a série de execuções que aconteceu na noite de quinta (13).

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Na noite do ataque, Oliveira ouviu os tiros, mas pensou tratar-se de armas de chumbinho. “Um vizinho avisou, corri lá e vi o corpo dele. Fui ver se dava para socorrer, mas tinha tomado um tiro no rosto”, lamentou. O ajudante foi enterrado com uma camisa do Palmeiras. Ele era o segundo filho mais velho de cinco irmãos.

Justiça

A doméstica Maria José de Lima Filho, de 49 anos, desejou a “morte” dos assassinos que executaram o filho dela, o adolescente Rodrigo Lima da Silva, de 16 anos. “Deus me perdoe pelo que eu vou dizer, mas eles têm que morrer do mesmo jeito que meu filho”, afirmou. A mãe da vítima foi avisada por parentes sobre os disparos contra o jovem e correu até o local do crime. “Vi meu menino deitado em uma poça de sangue e essa imagem não sai da minha cabeça. Preciso de Justiça.”

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+ “Nunca ouvi tanto tiro na vida”, diz filho de vítima de chacina

Silva não estudava e fazia bicos como entregador em um mercado de Osasco. O jovem namorava a adolescente Larissa Silva de Jesus, de 14 anos, que está grávida. “Vou cuidar desse neto e dessa menina como se fossem meus filhos. Esse bebê vai ser um pedaço do Rodrigo.”

O operador de máquinas Jonas de Santos Soares, de 33 anos, foi enterrado ao lado de Oliveira. Eram amigos de infância. Ele deixou três filhos pequenos, de 4, 7 e 8 anos. “Espero a justiça de Deus. Sobre a da terra, nem sei o que esperar mais”, disse a mulher de Soares, Angela Maria Pereira, casada havia doze anos. De acordo com ela, o marido estava de folga no dia e disse que ia beber uma última cerveja, antes de ir para casa. “Não usava drogas, era um homem trabalhador.”

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Caseiro

Familiares e amigos do conferente Eduardo Cesar, de 25 anos, chegaram cedo no cemitério de Osasco. “Não tinha briga com ninguém. Era um pai de família, inocente”, disse a irmã, Denise Bernardino, de 24 anos. Ela teme que outras pessoas possam ser mortas. “Quem fez isso deve estar rindo agora. Deve estar planejando fazer o que fizeram ao meu irmão com mais gente.”

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Ele tinha uma filha que havia completado dois anos em julho. “Não fez nada de errado. Pelo contrário, quando eu aprontava alguma coisa, ficava na rua, ele mandava ir pra casa. Era um cara caseiro”, disse o irmão Marcos Roberto Cezar, de 34 anos. 

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