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Não está certo

Por Ivan Angelo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h35 - Publicado em 17 abr 2015, 23h00

Desculpem se vou parecer um tanto moralista, mas, poxa,quanta coisa nós, cidadãos comuns, fazemos que não élegal, não pega bem. Nem é grande coisa, no geralzão da vidaé miudeza, pecado que os padres de antigamente chamavamde venial, não leva a gente para o inferno, no meio de tantoabsurdo que se vê por aí. É mais uma lista de desgostos doque outra coisa, rol de desagrados, de coisas que a gente vaivendo se repetir, e acaba computando como sinal de perda dealgo que prezávamos. De quê? Ah, se soubéssemos que perda é essa, geral e difusa, saberíamos o que fazer? Certeza é que muitos de nós não fazemos a coisa certa.

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Exemplos?

Gente sadia de corpo e ruim de cabeça que estaciona o carro na vaga de deficientes físicos.

Ou gente nova, não grávida, que para o carro na vaga dos idosos e das grávidas nos estacionamentos de shoppings e nas ruas.

Moradores de prédios de apartamentos que jogam objetos,cinzas e bitucas de cigarro nas áreas comuns do térreo.

Motoristas e passageiros, de automóveis e de ônibus, que atiram latinhas, restos de comida, sacos e copos de plástico pelas janelas, como se as ruas de todos nós fossem sua lixeira.

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Espertos que, no trânsito, assim que ouvem uma sirene de ambulância ou de bombeiro, dão passagem, posicionando-se para entrar no vácuo e seguir deixando os outros para trás.

Responsáveis por prédios em construção que jogam fora, nas ruas, nas sarjetas, a água sugada do lençol freático, em vez de recolhê-la para uso nas obras, nestes tempos de seca,enquanto nas casas há quem poupe gotas.

Responsáveis por serviços públicos que estocam gêneros alimentícios ou medicamentos para escolas e hospitais e os deixam encantoados, sem uso, até se deteriorarem, imprópriospara consumo.

Gente que acha que só porque pagou a comida no restaurante pode desperdiçá-la; pais que não transmitem a regra básica aos filhos já crescidinhos: botou no prato, come — ensinava-se isso em sinal de respeito aos que não têm o que comer.

Pessoas de carro que buzinam contra os outros motoristas ou os pedestres na rua, mesmo sabendo que a ideia a respeito da buzina é ajudar as pessoas, protegê-las, alertá-las. Como é que pode um recurso útil ser tão desvirtuado?

Motoristas de ônibus e caminhões a diesel que deixam os carros ligados em marcha lenta nas rodoviárias, nas paradas das estradas ou nas ruas das cidades, poluindo o ambiente e desperdiçando combustível.

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Pais que corrompem as crianças com presentes em excesso,sem passar-lhes a noção de merecimento. Estão compensando o quê? O não se dedicarem ao trabalho da paternidade? O não cumprirem com acerto sua missão educadora e amorosa?

Pessoas que saem de casa e deixam o cachorrinho solitário latindo, uivando, chorando durante horas, para pena e irritação dos vizinhos.

Atendentes nos prontos-socorros que tratam com indiferença burocrática pacientes que esperam com a urgência do sofrimento.

E o desperdício, Santo Deus, quanto desperdício, nas feiras livres, nos mercados, nos restaurantes! Nas casas!

Será que não poderíamos, com pequeno esforço de cada um, em todas as atividades, ser mais civilizados?

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