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Morre o escritor Antonio Carlos Viana aos 72 anos

Seu último livro, <em>O Jeito de Matar Lagartas, </em>foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes em 2015

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 15h12 - Publicado em 15 out 2016, 15h39

Morreu na noite de sexta-feira (14) em Sergipe, o escritor e acadêmico Antonio Carlos Viana. Ele foi o autor de O Jeito de Matar Lagartas (Companhia das Letras), livro vencedor do prêmio APCA de 2015 na categoria Literatura – Contos Crônicas.

O escritor sofria com um mieloma, um câncer na medula óssea, já havia passado por um tratamento, mas a doença retornou. Segundo seu filho, o também escritor André Viana, “vamos celebrar a vida de Antonio Carlos Viana hoje (sábado, 15) de outubro, na Biblioteca Epifanio Doria, em Aracaju. Digo evento, e não velório, porque acredito que a gente precise sair um pouco desse quartinho triste e escuro do fim da vida e bailar no salão iluminado dos grandes homens e mulheres, por que não? É pau, é pedra, mas não é o fim do caminho. É só mais um ciclo. E os ciclos devem ser comemorados”. 

Nascido em Aracaju, Viana era mestre em teoria literária pela PUC-RS e doutor em literatura comparada pela Universidade de Nice, França, e além de um contista consagrado, considerado um dos maiores da literatura brasileira contemporânea, era tradutor e professor universitário aposentado. Entre suas obras publicadas, estão Brincar de Manja (Cátedra, 1974), O Meio e o Mundo (Libra & Libra, 1993), Aberto Está o Inferno (Companhia das Letras, 2004), Cine Privê (Companhia das Letras, 2009), e outros.

Colegas e amigos escritores lamentaram a morte de Viana via redes sociais. O cronista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Humberto Werneck, escreveu: “Um brinde, hoje e sempre, ao grande Antonio Carlos Viana, que se foi de vez nesta madrugada, em Aracaju, não sem antes nos legar sua arte superior”. O escritor carioca Marcelo Moutinho se disse atônito com a notícia. “Viana é referência para todo contista brasileiro. A relativa marginalização do conto em nosso universo literário nunca impediu que continuasse a se dedicar ao gênero. E o fez, sempre, com brilhantismo. Cada novo livro seu era uma aula de como escrever conto”, escreveu em sua página pessoal.

A editora Companhia das Letras também postou uma mensagem, prestando solidariedade à família e aos amigos de “um dos principais contistas do Brasil em atividade”. 

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