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Atlas mostra quais são os melhores e os piores bairros de São Paulo

Moema, Jardim Paulista, Perdizes e Jardim Marajoara possuem o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) da capital: 0,972 (numa escala de zero a 1)

Por Edison Veiga
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Os 55 000 moradores de Moema, Jardim Paulista (próximo à Avenida Rebouças), Perdizes (arredores da Rua Turiassu) e Jardim Marajoara, na Zona Sul, têm algo em comum. Vivem nos bairros que, empatados, possuem o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) da capital: 0,972 (numa escala de zero a 1). É um índice maior que o da Noruega (0,965), país que está no topo do ranking mundial de qualidade de vida da Organização das Nações Unidas (ONU). Do outro lado da estatística estão os 23 500 habitantes da Vila Nova União, na Zona Leste. Ali, o IDH é de apenas 0,689 – caso fosse um país, estaria na 117ª posição, atrás da Mongólia (0,691). Essas informações fazem parte do Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo, a ser lançado na sexta-feira (14) pela Secretaria Municipal do Trabalho. O projeto, que consumiu 420 000 reais, envolveu durante um ano quarenta técnicos da secretaria, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e das fundações Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e João Pinheiro. “Tínhamos de mapear São Paulo para aplicar nossas políticas públicas de criação de emprego”, afirma o secretário do Trabalho, Geraldo Vinholi. “Mas a iniciativa privada também poderá utilizar o sistema, identificando, por exemplo, qual é o bairro mais adequado ao perfil de determinada empresa.”

Para chegar ao IDH são consideradas, entre outros aspectos, a riqueza, a escolaridade e a expectativa de vida dos moradores. “Nosso atlas trabalha com 200 variáveis, que podem ser selecionadas e cruzadas entre si, de acordo com a pesquisa desejada”, explica o economista Juarez Nunes Mota. Estarão disponíveis estatísticas de 454 microrregiões da cidade. É uma amostra muito mais precisa do que se forem considerados os números por subprefeituras (31) ou por distritos (96). O Jardim Paulista, por exemplo, foi subdividido em três áreas (próximo à Rebouças, ao Trianon e à Nove de Julho).

Quer saber onde a expectativa de vida é maior? No Tatuapé (região da Vila Azevedo), com média de 80 anos. São dezesseis anos a mais do que na Vila Nova União (64 anos), por exemplo. No item sobre a renda dos paulistanos, os dados mostram uma concentração impressionante. Os 10% mais ricos detêm metade da renda do município, enquanto os 20% mais pobres ficam com apenas 2% do total. Os mais ricos, aliás, moram na Cidade Jardim. Ali, um chefe de família ganha em média 7 098 reais por mês. Em Engenheiro Marsilac, no extremo sul do município, essa média é de 325 reais. No Grajaú (região do Parque Cocaia), 31% da população economicamente ativa está desempregada. Já em Perdizes (arredores da Rua Turiassu), esse número cai para apenas 6%. São dados que, bem usados pelos governantes, podem ajudar a planejar os investimentos. E fazer São Paulo um pouco menos desigual.

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