Agressor de publicitária já foi identificado e vai prestar depoimento
Inquérito foi instaurado por lesão corporal dolosa, injúria e dano
O homem que agrediu a publicitária Jéssica Otte depois de uma discussão de trânsito no último sábado (23) nos Jardins, em São Paulo, já foi identificado e localizado. Segundo a delegada Lígia Dulce Pimentel, titular do 15º Distrito Policial, ele irá prestar depoimento em breve.
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Jéssica fez uma representação contra seu agressor, o que permitiu a instauração de um inquérito policial por lesão corporal dolosa, injúria e dano. A identidade do homem, no entanto, não foi revelada pela Secretaria de Segurança Pública.
Caso
Segundo Jessica, ela estava dirigindo na Rua Groenlândia quando, parada no sinal vermelho, deu um beijo na esposa, a também publicitária Amanda Carbone. Jessica não sabe dizer se foi o gesto de carinho ou a demora em engatar a primeira marcha quando o sinal abriu, mas, de acordo com o relato que postou no Facebook, começou a “tomar inúmeras buzinadas sem razão” de uma caminhonete Hilux que vinha logo atrás.
Na esquina da Groenlândia com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, o motorista da Hilux encostou o carro no de Jessica, um Fiesta vermelho. “Eu baixei o vidro e fiz sinal com a mão para ele passar, porém o farol estava vermelho. Sem motivo algum, o ser humano dá uma pequena ré e bate em meu carro. Não satisfeito, dá ré novamente e dá outra pancada”, relatou. Quando finalmente desceu do carro para ver se a batida tinha causado algum estrago maior, Jessica afirma que foi recebida com ofensas “das mais baixas possíveis”, além de ironias por causa do beijo dado em Amanda.
Ela disse que deu um tapa na porta da Hilux e fotografou a placa do carro. Foi quando levou um soco do motorista seguido de vários empurrões. A mulher do dono da Hilux, que assistia a cena, saiu do veículo e também empurrou Jessica. Nesse momento, Amanda ligou para a polícia e o casal da Hilux fugiu. O caso foi registrado no 15º DP.
Apesar das suspeitas de homofobia por parte do casal, a publicitária afirmou que isso não ficou claro. “Gente, eu sei que ele pode ter sido homofóbico, mas tudo é uma questão de interpretação e a única coisa da qual eu quero justiça é a de agressão, que é explicita e imparcial”, escreveu no Facebook.