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Ministro da Cultura se diz indignado com corrupção no Teatro Municipal

Juca Ferreira pede a punição de todos os responsáveis; ex-diretor assume crime e faz delação premiada no MP

Por Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 11h34 - Publicado em 20 mar 2016, 11h03
Juca_ferreira_ministro
Juca_ferreira_ministro (Adriano Vizoni/Folhapress/)
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirma que denúncias de desvios de dinheiro no Teatro Municipal  o deixou estupefato e indignado, assim como toda a classe artística.

Segundo revelação do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da Fundação Theatro Municipal José Luiz Herencia confessou em depoimento ao Ministério Público participar de um esquema que desviou 18 milhões de reais dos cofres públicos.

Como atenuação de pena, Herencia fez um acordo de delação premiada e citou outras figuras importantes, como o maestro John Neschling, ex-diretor artístico do local, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC). Os dois negam as implicações.

O secretário de Comunicação da prefeitura, Nunzio Briguglio Filho, também foi citado na denúncia por ter “se empenhado na contratação de um um conjunto musical espanhol”. Briguglio se defende e diz que não tem poderes para atuar dessa forma.

Um dos documentos que está com a promotoria e da Controladoria Geral do Município é um contrato assinado entre o IBGC e um produtor musical, em 2015, para a apresentação de um grupo teatral de Barcelona, na Espanha, que se apresentaria com a Orquestra Sinfônica de São Paulo. O valor, um milhão de euros, começou a ser pago três meses antes da efetivação do acordo comercial.

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Símbolo paulistano, Teatro Municipal enfrenta crise

Em nota, Juca Ferreira, que era secretário de Cultura do município quando José Luiz Herencia foi nomeado, pede a condenação dos culpados. “São pessoas que traíram um importante projeto de valorização da música sinfônica”, diz.

Confira abaixo a íntegra do texto publicado pelo ministro da Cultura.

“A confirmação de ações de superfaturamento nas contratações artísticas do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC) para a realização de espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo deixou a todos nós, do Ministério da Cultura (MinC) e da comunidade artística e cultural, estupefatos e indignados.  

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Em primeiro lugar, é preciso parabenizar a Controladoria Geral do Município de São Paulo (CGM) pela investigação realizada dentro da lei e dos referenciais do Estado Democrático de Direito, que permitiu identificar, com eficiência e eficácia, as ações do ex-diretor José Luiz Herência.

A investigação deverá levar à punição de todos os responsáveis pelos desvios.

São pessoas que traíram um importante projeto de valorização da música sinfônica, construído dentro de uma gestão cultural vitoriosa e de alto nível, com grande repercussão no País e em várias partes do mundo. Um projeto que não pode e nem deve ser interrompido em função desses malfeitos”.

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