Os 10 melhores estandes da SP-Arte 2017
Os espaços mais originais da feira de arte que acontece entre quinta (6) e domingo (9), no Pavilhão da Bienal
Mais de 150 galerias estão reunidas no Pavilhão da Bienal até o próximo domingo (9) para a 13ª edição da SP-Arte. Selecionamos os dez estandes mais originais e bem montados, para uma visita de pouco tempo e cheia de novidades.
1 – Neugerriemschneider, de Berlim
Double Spiral é uma espiral que gira sem parar, dando a impressão que o objeto sobre e desce. A bela obra assinada por Olafur Eliasson chama atenção de qualquer um que passa pelo 2° andar do Pavilhão da Bienal. A galeria berlinense Neugerriemschneider tem ainda uma esfera feita em madeira pelo chinês Ai Weiwei. Também deslumbra a tela de Pae White: ela parece uma fotografia de um papel de alumínio amassado. Chegando perto, porém, o visitante percebe que é uma bela tapeçaria. Para completar, é possível levar consigo (e sem pagar) uma das camisetas da obra do tailandês Rirkit Tiravanja. Nela, está escrito “Freedom cannot be simulated” (liberdade não pode ser simulada).
2 – Lisson, de Londres
A galeria britânica é uma das mais importantes do mundo e veio para a feira à convite de Jacopo Crivelli Visconti, curador do setor Repertório, no 2° andar. No estande, apenas um artista é apresentado: Richard Long, conhecido pelas obras de Land Art (feitas em relação à natureza). Ele faz a medição da experiência de suas caminhadas por regiões selvagens em todo o mundo e cria obras baseadas em marcas e formas geométricas descobertas por ele no caminho.
3 – Japan House
O maior estande da feira fica no 3° andar, ao lado das galerias de design. É uma prévia do museu que terá inauguração em maio na Avenida Paulista e traz pérolas da cultura artística nipônica. De Hiroshi Sugimoto, o Mathematical Model 006 é uma escultura perfeita em que uma base circular é alongada até se transformar num ponto quase invisível. Yayoi Kusama assina uma abóbora brilhante e Kazuko Miyamoto criou uma instalação feita com fios que formam um leque. Os trabalhos são precisos e deslumbrantes.
4 – Cheim & Read Gallery, de Nova York
A estreante americana traz três artistas mulheres renomadas: Louise Bourgeois (a mesma da aranha gigante do MAM), Joan Mitchell e Lynda Benglis. Louise assina desenhos em tons de vermelho em cima de pautas de música que se contrapõe à pintura amarelada e em grandes dimensões de Joan. A cereja do bolo do estande são as esculturas com folhas de ouro assinadas por Lynda.
5 – Baró Galeria, de São Paulo
Mais decolado, o estande da galeria paulistana chama atenção pelo barulho emitido pela obra de Paulo Nenflídio, formada por pequenos balanços que tocam sinos. Dão um tom praiano ao espaço o guarda-sol de salva-vidas e a parede estampada. Por ali, estão trabalhos de Lourival Cuquinha que, literalmente, atirou em uma das paredes do local. Não deixe de entrar na sala reservada para admirar o trabalho de teto de Ivan Navarro.
6 – Melissa Meio-Fio
O projeto da marca de sapatos Melissa garimpou e selecionou três artistas periféricos ao tradicional mercado de arte para apresentar sua produção na feira. Todos têm trabalhos que se relacionam com a cidade de São Paulo. Alexandre Heberte, por exemplo, passa os cinco dias do evento tecendo coloridos painéis e os dependurando no espaço a sua volta. Também são igualmente curiosos os trabalhos de Linn da Quebrada e Tasha e Tracie, que trazem vídeos e roupas para o 2° andar do pavilhão.
7 – Kubikgallery, da Cidade do Porto
Criada em 2010, a galeria portuguesa estreia sua participação na SP-Arte com um estande elegante e singelo. Duas instalações do português Pedro Tutela e alguns objetos feitos em crochê assinados pelo inglês Dan Coopey roubam a cena entre as peças apresentadas.
8 – Taka Ishii, de Tóquio
Onze artistas japoneses são apresentados na galeria nipônica, convidada para participar do setor Repertório. A parede principal do estande faz um mosaico de fotografias vintage de todos eles, feitas entre as décadas de 1930 e 1980. É uma ótima oportunidade para se aproximar da produção artística no Japão para além da cultura tradicional – e até caricata – que é constantemente apresentada por aqui.
9 – Emma Thomas, de São Paulo
A galeria participa do setor Solo, em que dezesseis espaços mostram trabalhos de apenas um único artista cada uma, selecionados pela curadora Luiza Teixeira de Freitas. Lucas Bambozzi apresenta a série Último Sussurro, na qual os trabalhos são feitos com aparelhos de celular. Em uma das instalações, vários celulares formam um montinho no chão. Descartados ou quebrados, eles mostram imagens granuladas. Na mesma medida, os trabalhos nos suportes também discutem sobre tecnologia e a obsolescência.
10 – Galeria Jaqueline Martins, de São Paulo
No lugar de trazer vários trabalhos da artista nipo-brasileira Lydia Okomura, a galeria decidiu apostar em apenas um. A decisão é compreensível: feita em linhas brancas num fundo preto, a instalação enche os olhos de quem passa por ali. Cinco edições iguais a esta podem ser vendidas ao longo da feira, para colecionadores que tiverem um bom espaço dentro de casa.
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