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Com show caloroso, Dave Matthews reúne 30 000 no Summer Break Festival

Soja, O Rappa e Incubus também passaram pelo evento no Campo de Marte neste sábado (7)

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 5 dez 2016, 15h24 - Publicado em 8 dez 2013, 12h06

O cantor e instrumentista sul-africano Dave Matthews domina a fórmula do encantamento de plateias. Com repertório selecionado a dedo para os fãs brasileiros, ele e sua banda encerraram o Summer Break Festival, que ocupou o aeroporto Campo de Marte, neste sábado (7), com um espetáculo vibrante de duas horas e meia.

Os ponteiros se aproximavam das 21h40 quando a banda norte-americana, atração principal do evento, subiu ao palco com quase 40 minutos de atraso –consequência de um problema elétrico no início do show do Incubus, que tocou antes. Animado, o público pareceu não se incomodar com o incidente. Cheio de graça, Matthews brincava com os fãs com frequência, soltando frases como “Se vocês não estão entendendo o que eu falo, não tem problema. Quem fala inglês também não entende”. De repente, sem largar o violão, trançava as pernas numa dança particular, por vezes desengonçada, imitada calorosamente por boa parte das 30 000 pessoas presentes.

Em turnê para divulgar seu álbum mais recente, Away from the World, lançado no ano passado, a banda enfileirou também sucessos de seus vinte anos de estrada. Lançaram ao todo oito discos, que trazem um pop rock guiado pelo violão, com arranjos de metais e violino, e uma pitada de folk americano. Todos os CDs estrearam nos topos das paradas de sucesso. Abriram com a sequência Don’t Drink the Water, Rapunzel e Squirm; agitaram com #41, If Only e What Would You Say; e enlouqueceram os fãs com a performance de Ants, um de seus principais hits, que encerrou o show antes do bis. As letras, todo mundo sabia de cor.

Marcada por longuíssimas exibições instrumentais (teve música que durou quinze minutos), a apresentação continuou por mais meia hora após uma pausa. Nessa volta, tocaram Grey Street, Jimi Thing e Time Bomb.

Incubus

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Quem também descabelou os fãs foi Brandon Boyd e sua banda, o Incubus. Pela terceira vez no país (a última foi em 2010, na primeira edição do festival SWU), o grupo americano de rock alternativo fez um apanhado dos sucessos dos oito álbuns da carreira, que ascendeu internacionalmente com o trabalho Make Yourself, de 1999. O disco mais recente, If Not Now, When?, saiu em 2011.

Espevitado, o vocalista não se incomodou com a garoa fina que começou a cair lá pelas 19h, depois de uma tarde em que os termômetros chegaram a marcar 30 graus. Tirou a camisa e, depois, a regata, sob gritos histéricos das fãs. Isso enquanto enfileirava hits como Megalomaniac, Nice to Know You, Love Hurts, Anna Molly e, a mais festejada, Drive. Vieram ainda Dig, Vitamin, Wish You Were Here e Sick, Sad Little World. Para o encerramento, escolheu Pardon Me (do último disco), com direito a citação de verso de I Want You (She’s So Heavy), dos Beatles, no final. 

 

SOJA e O Rappa

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Com dreadlocks amarrados no alto da cabeça, a banda norte-americana de reggae SOJA, sigla em inglês para Soldiers of Jah Army (soldados do exército de Jah), fez um bocado de fãs chegarem cedo ao festival – a maioria deles espremida na grade da pista normal. Ao longo de pouco mais de uma hora de show, interpretaram sucessos como Not Done Yet, Rest of my Life e You and Me. Deixaram para o final Everything Changes, hit de 2010 cujo clipe tem participação de Falcão, líder da banda O Rappa, próxima a se apresentar no festival.

Em homenagem ao Brasil, o grupo deixou de lado o reggae para simular, com instrumentos de percussão, uma bateria de escola de samba. Em um breve momento de protesto, os rapazes vestiram camisetas com a foto de Thomas Augusto Nogueira Fais, morto aos 21 anos durante um roubo em Suzano (SP). 

Na sequência, às 17h15, O Rappa deu início à uma apresentação marcada por homenagens póstumas. “Um minuto de palmas para Mandela”, pediu Falcão ao público, que obedeceu de imediato. “Direitos iguais e liberdade Sábio Mandela”, completou antes de incendiar a pista com Me Deixa. O vocalista também fez um tributo aos amigos Chorão e Champignon, da banda Charlie Brown Jr, mortos neste ano. Eles tocaram Zóio de Lula, sucesso do grupo santista. “A gente nunca vai esquecer aqueles vagabundos”, disse o vocalista durante um abraço emocionado no ex-segurança da banda, Vitão, que estava nos bastidores. O mestre sanfoneiro Dominguinhos também foi lembrado.

Lado B Lado A, Monstro Invisível, Homem Amarelo e Reza a Vela (iniciada duas vezes graças a problema na saída de som do baixo) dividiram repertório com canções do novo disco, Nunca Tem Fim, lançado em agosto, como Anjos (Pra quem Tem Fé), Boa Noite Xangô e Auto-Reverse. O show também teve participação do amigo Jacob Hemphill, vocalista do SOJA. 

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Abriram o festival a banda D’Naipes, selecionada por meio de um concurso da rádio 89FM, e Nem Lirinha Ouviu. Neste domingo (8), o Summer Break Festival ocorre no Rio, no Citibank Hall. 

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