6 obras contemporâneas que valem a visita na Pinacoteca
Alguns destaques da exposição <em>Fora da Ordem</em>, que traz 140 obras direto da coleção espanhola Helga de Alvear
Ainda bem que a colecionadora Helga de Alvear não é ciumenta com a sua coleção. Dona de mais 3000 obras de arte assinadas pelos mais importantes artistas contemporâneos, a alemã fundou o instituto em seu nome, em Cárceres, na Espanha, para que qualquer um possa ter acesso ao seu incrível acervo. E o mais legal de tudo isso é que os paulistanos não precisam atravessar o Atlântico para conhecer as obras, já que parte delas veio até nós. Cerca de 140 trabalhos da coleção estão expostos na mostra Fora da Ordem – Obras das Coleção Helga de Alvear, na Pinacoteca. Conheça seis destaques da mostra em cartaz até o 26 de setembro.
Octógono refletido
Logo na entrada da exposição, no espaço mais impressionante da Pinacoteca, o octógono, José Pedro Croft criou instalações com jogos de espelhos. O português brinca com a luz que entra pela abóbada no teto do prédio e com o reflexo das pessoas que passeiam por ali. Ponto perfeito para tirar selfies criativas, nas quais a própria imagem se multiplica.
Paredes esburacadas
Gordon Matta-Clark é conhecido por suas intervenções em prédios abandonados ou condenados: ele fazia intervenções com pintura ou realizando cortes em suas estruturas – pisos, fachadas e paredes. Ele foi um mestre do site-specific já que transformava a arquitetura em obras gigantescas de arte. Na mostra, estão alguns de seus estudos de intervenção em construções.
Parece firme, mas não é
Dezesseis colunas de 5 metros de altura formam a instalação Durante o Caminho Vertical, do carioca José Damasceno. Apesar de parecer sustentar a construção, a escultura imponente é muito mais frágil do que se imagina, já que foi criada com folhas de papel de lista telefônica empilhadas. Os trabalhos de Damasceno desafiam as noções do público, já que transformam o que se entende por gravidade, profundidade e solidez.
As várias faces de Cindy Sherman
A fotógrafa americana Cindy Sherman, de 62 anos, passou toda a sua carreira tirando fotos dela mesma vestida de diferentes personagens. Seus retratos já conquistaram o mundo há um bom tempo: ela é uma das fotógrafas contemporâneas mais reconhecidas atualmente. Integram a mostra duas séries em preto e branco: Murder Mystery People e Bus Riders. Esta última mostra vários personagens no ponto de ônibus: é incrível pensar que todos eles são uma mesma pessoa.
Luz minimalista
Surgido nos anos 60, nos Estados Unidos, o minimalismo pregava o emprego de materiais industriais como azulejos e neon, além da simplicidade e do uso de formas geométricas tridimensionais. O americano Dan Flavin, um dos expoentes deste movimento, usou esses recursos para criar instalações de luz com cores contrastantes, que geram efeitos ópticos.
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Jóia contemporânea
Não é a toa que Gerhard Richter é um dos pintores vivos mais caro do mundo. Seus quadros são de embasbacar: eles unem a técnica tradicional da pintura com o abstrato contemporâneo, em traços que parecem sair da tela. É o caso da obra Sem Título (Noite) exposto na mostra. Um documentário sobre o pintor alemão, intitulado A Pintura de Gerhard Richter, acaba de estrear no Brasil.