Obras da Bienal entram em itinerância pelo Sudeste
Os trabalhos selecionados passam por oito cidades de São Paulo e Minas Gerais. Entre elas, Campinas, Ribeirão Preto, Belo Horizonte e Juiz de Fora
Quem perdeu a 30ª Bienal de São Paulo tem uma nova oportunidade de conferir algumas das principais obras que integraram a maior mostra da América Latina: elas entram em itinerância por algumas cidades paulistas e mineiras, a partir de 17 de janeiro e até agosto. Belo Horizonte, Juiz de Fora, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Bauru, Campinas, Araraquara e São José do Rio Preto vão receber algumas das principais obras da mostra, selecionadas pelo curador Luis Pérez-Oramas, os curadores associados André Severo e Tobi Maier, e pela curadora-assistente Isabela Villanueva.
A 30ª Bienal de São Paulo – Seleção de Obras vai apresentar diferentes peças em cada cidade, organizadas por agrupamentos temáticos, além promover encontros de formação para educadores in loco.
Confira a programação:
Belo Horizonte
De 17 de janeiro a 17 de março de 2013
Com o maior número de obras entre as mostras previstas no projeto de itinerâncias, o recorte que será apresentado na capital mineira é dedicado a obras tipológicas, performáticas, reflexões sobre a natureza, o tempo e suportes apresentados na Bienal de São Paulo. No Palácio das Artes, estarão expostas as seleções de portfólio dos artistas: Fernand Deligny (França), Absalon (Israel), David Moreno (EUA), Tehching Hsieh (Taiwan), Allan Kaprow (EUA), Horst Ademeit (Alemanha), Arthur Bispo do Rosário (Brasil), Nydia Negromonte (Brasil), Ian Hamilton Finlay (Escócia), Sheila Hicks (EUA), Elaine Reichek (EUA), Bas Jan Ader (Holanda), Nino Cais (Brasil), Sigurdur Gudmundsson (Islândia), Jiří Kovanda (República Tcheca), Alfredo Cortina (Venezuela), Saul Fletcher, Cadu (Brasil), Sofia Borges (Brasil), Hreinn Fridfinnsson (Islândia/Holanda), Runo Lagomarsino (Suécia), Paulo Vivacqua (Brasil), Rodrigo Braga (Brasil), Andreas Eriksson (Suécia), Odires Mlászho (Brasil), Moris (México) e Fernando Ortega (México).
No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia do Palácio das Artes, sede do antigo Instituto Moreira Salles, estarão os portfólios de August Sander (Alemanha) extraídos de sua obra monumental People from the XXth Century em diálogo com conjuntos de Hans Eijkelboom (Holanda), assim como fotografias de Ambroise Ngaimoko (Angola), Edi Hirose (Peru) e Alair Gomes (Brasil) entram em ressonância com demais obras de Roberto Obregón (Venezuela) e Frédéric Bruly Bouabré (Costa do Marfim).
Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte
Centro de Arte Contemporânea e Fotografia
Av. Afonso Pena, 737 – Centro (Praça Sete) – Belo Horizonte – Tel.: (31) 3236 7400
Terça a sábado, das 9h30 às 21h, domingo, das 16h às 21h
Educativo Permanente: (31) 3236 7471
Entrada Gratuita
Ribeirão Preto
De março a abril, na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP)
São José dos Campos
De maio a junho, na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP)
Em uma proposta curatorial voltada às pinturas contemporâneas expostas na 30ª Bienal de São Paulo, as duas unidades da FAAP localizadas nas cidades de Ribeirão Preto e São José dos Campos recebem pinturas de Juan Irribarren (Venezuela) e de Lucia Laguna (Brasil). Também faz parte do recorte a exposição de objetos pintados Wall Sticks e a caixa Floorpiece (2002-2009), de Hreinn Fridfinnsson (Islândia/Holanda).
Av. Dr. Jorge Zarur, 650 – São José dos Campos – SP – Tel. (12) 3925 6400
Rua Marcelo Sarti, 100 – Ribeirão Preto – SP – Tel.: (16) 3913 6300
Araraquara
De abril a junho, no Sesc Araraquara
A visão fantasmática da imagem em movimento e a teatralização do gesto cotidiano nos autorretratos de Sigurdur Gudmundsson (Islândia) e de Nino Cais (Brasil) ancoram a exposição no Sesc Araraquara. O espaço recebe uma montagem suspensa da série completa de vídeos Hauntings II, do cineasta Guy Maddin (Canadá). Também versando sobre a ideia da imagem cinematográfica articulam-se fotografias e vídeos de Patrick Jolley (Irlanda) e Marcelo Coutinho (Brasil).
Rua Castro Alves, 1315 – Quitandinha – Araraquara – SP – Tel. (16) 3301 7500
Terça a sexta, das 13h às 22h, sábado e domingo, das 9h às 18h
Entrada Gratuita
Bauru
De abril a junho, no Sesc Bauru
De um lado, obras que remetem ao conceito de temporalidade e às idades da vida humana. De outro, obras que tratam da solidificação real das formas, memórias e corpos. A seleção de obras curada para o Sesc Bauru apresenta a ideia de fossilização por meio das instalações audiovisuais de Ali Kazma (Turquia) em diálogo com as pinturas de jovens artistas como Eduardo Berliner (Brasil) e Martín Legón (Argentina), além de duas fotografias de Sofia Borges (Brasil). Já a noção de temporalidade, bastante evidente nas relações constelares da 30ª Bienal de São Paulo, encontra representação nas pinturas de Christian Vinck (Venezuela), fotografias de Alberto Bittar (Brasil) e vídeos de Thomas Sipp e da dupla Iván Argote e Pauline Bastard (Colômbia).
Av. Aureliano Cardia, 6-71 – Vila Cardia – Bauru – SP – Tel. (14) 3235 1750
Terça a sexta, das 13h às 21h30; sábado e domingo, das 9h30 às 18h
Entrada Gratuita
Campinas
De abril a junho, no Sesc Campinas
No piso térreo do Sesc Campinas, um ambiente que extrapola a situação de controle em espaços expositivos tradicionais, articula-se uma seleção de artistas cujas poéticas valorizam a ação, performance e a interação com o público. Assim se observa na adaptação dos objetos interativos de Franz Erhard Walther (Alemanha), que ocuparam o grande vão do Pavilhão Ciccillo Matarazzo em 2012 e agora poderão ser ativados pelo público de Campinas, e na apresentação das obras de dois grandes destaques em ação artística da Bienal: Allan Kaprow (EUA) e Bas Jan Ader (Holanda).
Instalações decorrentes das obras apresentadas na Bienal intervêm diretamente no espaço expositivo, como a remontagem de Momentos después del clavado (2005), um andaime construído por Fernando Ortega (México), e de Monumento (meio enterrado) à deriva continental (2012), obra de Thiago Rocha Pitta (Brasil), criada a partir de terra e cimento especialmente para a Bienal. Na parte externa do edifício estarão fixados os cartazes de Apócrifo, de Alexandre Navarro Moreira (Brasil), e a instalação hidráulica de Nydia Negromonte (Brasil). Vídeos de Absalon (Israel), Benet Rossell (Espanha), Thomas Sipp e Rodrigo Braga (Brasil), um conjunto fotográfico de Alberto Bittar (Brasil) e a remontagem da instalação Home Cinema (2012), da dupla Iván Árgote e Pauline Bastard (Colômbia) – que permite que o visitante assista um vídeo sentado em sofás -, também poderão aguçar a curiosidade do espectador.
Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim – Campinas – SP – Tel. (19) 3737 1515
Terça a sexta, das 7h às 22h, sábado e domingo, das 9h30 às 18h
Entrada Gratuita
São José do Rio Preto
De abril a junho, no Sesc São José do Rio Preto
Para a cidade de São José do Rio Preto, articulam-se obras nas quais o vínculo entre letra e imagem gera possibilidades em costura, objeto encontrado, emblemas, poesia e vozes. Ilustram este aspecto as poesias visuais pintadas em parede do Juan Luis Martínez (Chile), a instalação Urine Readings (2012), de Eduardo Gil (Venezuela), e o “abecedário da imprensa marrom”: De la A a la Z (2008-2009), de Moris (México). O uso do livro como matéria-prima nas obras de Odires Mlázho (Brasil) e de Erica Baum (EUA) dialogam com as lembranças e memórias expostas nas obras de Pablo Accinelli (Argentina) e de um dos principais destaques da última Bienal: Arthur Bispo do Rosário (Brasil).
Av. Francisco das Chagas Oliveira, 1333 – São José do Rio Preto – SP – Tel. (17) 3216 9300
Terça a sexta, das 13h às 22h, sábado e domingo, das 9h às 19h
Entrada Gratuita