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Não vamos apagar, diz produtor que foi parar na delegacia por mural ilegal

Kleber Pagu pintou um prédio sem autorização do dono e deve responder por crime ambiental

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 dez 2019, 16h46 - Publicado em 27 nov 2019, 21h29

O produtor Kléber Pagu foi encaminhado à delegacia no dia 19 de novembro devido à realização de um mural em um prédio na região central, sem autorização do dono do imóvel. O painel, localizado na parte dos fundos do edifício Renata Sampaio, integra o projeto Aquário Urbano, que prevê a confecção de mais outros quatorze paredões em construções próximas ao cruzamento da rua Bento Freitas e Major Sertório. Pagu assinou um termo circunstanciado de ocorrência policial e deve responder por crime ambiental.

“Não vamos apagar. Vamos recorrer dessa decisão e tentar mudá-la até o último minuto. Minha intenção é continuar essa obra e outras que a gente está fazendo na cidade”, afirma o produtor paulista, que também comandou a construção de dois paredões no Minhocão em 2019. Um deles foi feito pela artista Hannah Lucatelli, outro, pelo grafiteiro renomado Zezão.

Antes de Pagu ser conduzido à delegacia, o dono do imóvel fez dois boletins de ocorrência. Na última quinta (21) foi aberta uma ação judicial. No mesmo dia, a juíza  responsável pelo processo, Lúcia Caninéo Campanhã deferiu a tutela da urgência por constatar que os “sucessivos boletins de ocorrência” revelam a “urgência da situação, além da insistência do requerido em prosseguir”.

Lúcia Caninéo determinou multa diária de R$ 50 mil em caso de reincidência e, também, que o produtor apague o grafite e faça a pintura da empena na cor original. Caso a intervenção não seja apagada em dez dias, Pagú terá de pagar outra multa diária, de R$ 5 mil.

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Outro ponto de agravo à realização do trabalho artístico é o tombamento do prédio Renata Sampaio na esfera municipal. Mesmo que o dono do imóvel concordasse com a intervenção, a iniciativa deveria passar pela avaliação do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São (Conpresp). A construção é um dos projetos assinados por Oswaldo Bratke (1907-1997), arquiteto paulista que também assinou a Fundação Maria Luiza e Oscar Americano no bairro do Morumbi. 

Procurada pela Vejinha, a Secretaria Municipal reiterou a necessidade da autorização do Conpresp e disse que o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) vai abrir um processo para apurar o caso. Pagu foi um dos personagens da matéria O Negócio dos Paredões, publicado na edição impressa da Vejinha em 20 de novembro de 2019. 

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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