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Ismael Ivo e o prolífico trabalho no Balé da Cidade

Na edição dos Mais Amados, VEJA SÃO PAULO destaca a atuação do diretor na famosa companhia

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 Maio 2019, 11h30 - Publicado em 3 Maio 2019, 06h00

Sempre vestido com um elegante blazer, Ismael Ivo tem a fala pausada e forte. A voz fica mais enfática quando ele aborda os projetos no Balé da Cidade, companhia que dirige desde 2017 e é uma das principais da cidade, tendo o Teatro Municipal como palco-sede e mais de meio século de vida. Só em 2018, o grupo mostrou onze espetáculos em 43 apresentações, com um público de mais de 40 000 pessoas e casas lotadas.

Nas obras, Ivo opta por abordar temas atuais e espinhosos, como racismo e cuidados com o meio ambiente. “Agora, vamos discutir a intolerância religiosa”, adianta o também coreógrafo sobre a nova montagem do elenco, Biblioteca de Babel, que deve estrear em junho. Para ele, a cultura não consiste em mero passatempo, mas em uma forma de conexão com a identidade do indivíduo. “Seu papel é atuar na visão que as pessoas têm do mundo e delas mesmas”, acredita. Ivo afirma que é preciso criar oportunidades de inclusão ao lado da educação. “Assim, as próximas gerações começam a se transformar e viram uma célula de atuação de mudança”, diz. Ele mesmo é um exemplo disso.

Ismael Ivo é o primeiro negro a ocupar cargo de diretor do Balé da Cidade (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Primeiro negro a ocupar o cargo de direção no coletivo municipal, Ivo, que não revela a idade, foi criado pela mãe, no bairro da Vila Ema, na Zona Leste. Costumava cruzar a cidade para participar de aulas de balé, que frequentou por meio de bolsas. Foi descoberto pelo coreógrafo e ativista americano Alvin Ailey (1931-1989), de carreira brilhante, e acabou convocado para ir a Nova York. Depois, criou o projeto ImPulsTanz, em Viena, referência em tendências da dança contemporânea, e se tornou o primeiro negro e estrangeiro a dirigir o Teatro Nacional Alemão, em Weimar. “Quando um jovem entra em uma orquestra ou no balé, a vida dele se transforma, evolui. E é progresso o que a gente quer, certo?”.

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 8 de maio de 2019, edição nº 2633.

 

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