Jornalista é demitida de afiliada da Globo após denunciar assédio
Ellen Ferreira disse que o chefe, Edison Castro, 'deixou toda a equipe doente'
A jornalista Ellen Ferreira, demitida da afiliada da TV Globo em Roraima, acredita estar sendo vítima de perseguição por ter denunciado um ex-chefe de jornalismo, Edison Castro, de assédio moral e sexual. Ela recebeu a notícia da demissão ao retornar ao trabalho após ficar 20 dias afastada de suas funções por ter contraído a Covid-19.
Em entrevista a Leo Dias, a jornalista disse que o chefe praticava assédios constantes contra os funcionários. “Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente. Uma moça da TV Anhanguera [Goiás] chegou a tentar se matar por causa dele”, afirma Ellen. “Debochava de um repórter que era gay. Chamou o cabelo de uma repórter negra de moita feia”, continua.
Ellen chegou a apresentar o “Jornal Nacional” em outubro do ano passado, durante um rodízio de jornalistas do país todo feito em comemoração dos 50 anos do telejornal.
A Rede Amazônica e Edison Castro ainda não se posicionaram sobre o caso. A Rede Globo emitiu um comunicado.
“As afiliadas da Globo comungam dos mesmos princípios editoriais mas são empresas independentes. O diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, ao receber e-mail da jornalista Ellen Ferreira, entrou imediatamente em contato com o setor de afiliadas para que a queixa fosse transmitida à Rede Amazônica“, afirmou a emissora.
“A Globo reitera que o respeito é um valor fundamental do seu Código de Ética. A empresa repudia qualquer tipo de assédio ou preconceito, que não são tolerados no ambiente de trabalho em nenhuma hipótese. Os esclarecimentos sobre o que ocorreu depois devem ser dados pela afiliada“, conclui a nota da rede carioca.