Largo do Arouche recebe festival de arte urbana nesse fim de semana
A programação de <em>O.bra</em> inclui workshops, yoga, food trucks e saídas fotográficas em torno dos novos grafites no centro da cidade
Nos últimos dez dias, dezessete grafiteiros puderam ser vistos no topo de grandes gruas no centro da cidade, pintando prédios de quase quarenta metros. O episódio foi promovido pelo festival O.bra, que tem o objetivo de fortalecer a produção de arte de rua em grande escala por São Paulo. Para os paulistanos aproveitarem a nova galeria a céu aberto, o evento oferece, uma programação extensa no Largo do Arouche, entre sexta (23) e domingo (25), para veteranos e calouros interessados em arte urbana.
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Além de visitas aos oito painéis e uma instalação na calçada – espalhados entre a República, Santa Cecília e Anhangabaú – o público pode participar de workshops, palestras e sessões de cinema, que abordam assuntos relacionados à arte de rua. Aulas de ioga, food trucks e uma corrida pela cidade também fazem parte da programação. Para participar é fácil: o evento é grátis, basta fazer inscrição pelo site (www.itaucultural.org.br/festivalobra).
Tudo começou com o convite a nove artistas da primeira geração de grafiteiros para colorirem a cidade. Brasileiros, chilenos, argentinos, alemães e ucranianos, eles toparam pintar os murais em parceria com outros artistas que cada um teve, por sua vez, a chance de convidar. Então a miscelânea cultural virou ainda maior: se juntaram a eles italianos, poloneses, japoneses e irlandeses. A ideia foi trazer à cidade novos estilos e misturas, além de um novo colorido para o centro que, mesmo cheio de ações relacionadas ao grafite, continua ainda muito cinza.
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A ideia nasceu da parceria entre Marina Bortoluzzi e Marcelo Pimentel, já reconhecidos no cenário da arte urbana: há quatro anos, lançaram despretenciosamente o perfil Instagrafite, onde postavam fotos das obras pelas quais se interessavam. Hoje, o perfil tem 1,2 milhão de seguidores e virou uma plataforma de negócio para o casal, já que virou um canal de propaganda para diversas marcas. Depois de cobrirem vários festivais pelo mundo, eles quiseram produzir um evento semelhante por aqui. A ideia é que a periodicidade seja anual.
A produção do festival começou há um ano, tempo curto, porém, suficiente, para conseguiur patrocinadores que bancassem todo o festival, além da autorização junto à Prefeitura para realização dos paineis. “Conseguir esse aval não foi fácil”, afirma a curadora e fotógrafa Marina Bortoluzzi. “Tivemos que conversar com as construtoras e moradores, participamos de reuniões de condomínio e acordamos com a prefeitura”, acrescenta a realizadora. Legalmente, os trabalhos tem a vida curta de um ano. Mas, o intuito é que elas se juntem há mais dez pinturas que serão realizadas na próxima edição.