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Fotógrafos investem em ensaios virtuais durante quarentena

As imagens são feitas em chamadas de vídeo em aplicativos como Skype, FaceTime e WhatsApp

Por Alice Padilha
Atualizado em 1 Maio 2020, 10h21 - Publicado em 1 Maio 2020, 06h00

Qando aderiu ao isolamento social, em 17 de março, a fotógrafa Adriana Putini não sabia ao certo o que fazer. Todos os ensaios e eventos previstos para os meses seguintes foram adiados ou cancelados. “Foi um choque enorme. Até hoje eu acordo e acho que vou descobrir que era uma mentira e que tudo vai voltar ao normal”, conta. Na mesma semana, ela viu uma postagem no Instagram do italiano Alessio Albi. A foto mostrava um ensaio feito por ele em uma chamada de vídeo. Foi quando decidiu fazer o mesmo.

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O post de Albi inspirou vários outros profissionais da área a investir nos tais ensaios virtuais. “Eu peço que me enviem fotos da casa com antecedência, então já avalio quais são as melhores poses de acordo com a luz”, explica Rodolfo Corradin, que já clicou as influencers Nah Cardoso e Juliana Goes no novo modelo. O serviço pode ser feito por aplicativos como FaceTime, Skype e até WhatsApp. É melhor usar o celular do que o computador, já que fica mais fácil na hora de se posicionar. Um ensaio convencional de Corradin, que custa a partir de 769 reais, baixa para 149 reais na sessão on-line de quinze minutos.

A influencer Juliana Goes, fotografada por Rodolfo Corradin (Rodolfo Corradin/Divulgação)

Há, é claro, uma perda significativa de qualidade nas fotos. Mas o formato funciona bem para as redes sociais e tem agradado aos clientes. “O que torna alguém fotógrafo não é o equipamento, mas o conhecimento”, explica a fotógrafa Bárbara Adline. A diferença de fazer uma selfie sozinho em casa, por exemplo, é o direcionamento que os profissionais oferecem em relação a possíveis ângulos e melhor uso da iluminação caseira. Eles também ajudam na hora de selecionar roupas, cabelo e maquiagem de acordo com o ambiente.

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O espaço mais escolhido na hora dos cliques é o quarto. “A maior parte, na verdade, é na cama. É um lugar simples, que costumo indicar a quem fica na dúvida. Bastam um lençol bonito e uma roupa básica”, explica Adriana. O cômodo também chama atenção de quem é mais tímido e não se sente à vontade com a família em casa. Apesar disso, a brincadeira também pode ser feita de forma coletiva. Há quem inclua filhos, cônjuge e até cachorros. Também é uma boa alternativa para gestantes que não podem esperar o fim da quarentena. “Muito mais do que as fotos, as pessoas buscam uma nova experiência, principalmente neste momento em que a maioria está em casa”, avalia Corradin. É, no mínimo, uma boa desculpa para tirar o pijama.

REGISTRO DO NOVO “NORMAL”

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A câmera de Renato dPaula está sempre ao alcance da mão. É por isso que a esposa, Mônica Cardoso, e a filha Isabella, de 9 anos, não estranharam quando ele passou a documentar a rotina da família durante a quarentena. Vem compartilhando uma foto por dia desde 18 de março. As cenas são cotidianas, mas as expressões têm um quê de cômico. “Eu optei pela estética em preto e branco porque ela retira uma série de distrações e traz o foco para as emoções.” O projeto #home_quarentena incentiva outras pessoas a fazer o registro do tal novo “normal”.

Um dos registros do projeto #home_quarentena, de Renato dPaula (Renato dPaula/Divulgação)

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 6 de maio de 2020, edição nº 2685.

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