Continua após publicidade

Como aquecer os ambientes da casa durante o inverno

Vedação nas janelas, cores terrosas e tapetes felpudos (bem higienizados) são boas opções

Por Fernanda Campos Almeida
Atualizado em 2 jul 2020, 13h49 - Publicado em 26 jun 2020, 06h00

O inverno já começou e é possível preparar a casa para os dias mais frios fazendo mudanças pontuais, para deixar tudo mais quente, acolhedor e intimista. Nos imóveis pouco adaptados para as temperaturas mais baixas, por exemplo, o vento frio vindo das frestas das janelas pode ser um problema nas noites da estação, mas é de solução simples. “A dica são faixas de borracha, conhecidas como gaxetas, que preenchem frestas e são a opção mais fácil de vedação”, aponta a arquiteta Juliana Fabrizzi.

No piso, principalmente da sala e dos quartos, o ideal são os de madeira natural, o revestimento mais quente. Logo depois vem o piso vinílico acompanhado de tapetes peludos. “Tapetes e cortinas de linho ou veludo são o ponto alto para deixar qualquer ambiente aconchegante”, aconselha a designer Marília Veiga.

Tapeçarias felpudas e densas estimulam o tato, trazendo a sensação de conforto, e são perfeitas para o quarto, onde normalmente se anda descalço. Na sala, o mais adequado são tapetes grandes, que também funcionam como isolante térmico, de até 10 milímetros, para facilitar a movimentação de cadeiras. Porém, os cuidados com a limpeza dos tapetes devem ser ainda mais rigorosos durante a pandemia. “Pesquisadores apontam que o coronavírus pode sobreviver até seis dias em materiais utilizados na confecção de tapetes e de capachos”, explica Ricardo Minkoves, infectologista e professor da Unisa. As crianças podem ficar mais expostas ao vírus porque deitam e brincam em cima dos tapetes. Para evitar a contaminação, Minkoves aconselha a não usar sapatos em casa e a lavar as patas dos cachorros após passeios na rua.

+Assine a Vejinha a partir de 6,90

Iluminação baixa: atmosfera intimista (Emerson Rodrigues/Divulgação)

“O ideal é fazer o que os japoneses fazem a vida toda: deixar o sapato na entrada da casa”, reforça Beatriz Lettiére, diretora de marketing e designer de tapetes da Avanti Tapetes. Para higienizar tapeçarias, Beatriz ensina que, primeiro, deve se retirar o excesso do que foi derramado e limpar com uma solução de água e detergente neutro, sem esfregar, de fora para dentro. O aspirador deve ser utilizado toda semana e não é aconselhável o uso de vassouras e água sanitária, que estragam e mancham o tecido.

Aproveitar-se da gama de cores que remetem a calor e a conforto também colabora para “esquentar” a casa. Elas são as de tonalidade terrosa: terracota (tom de marrom-avermelhado), laranja queimado, amarelo e tons de “tijolo”. Se pintar a parede não é uma opção durante a quarentena, a alternativa é usar as cores em papel de parede ou em objetos espalhados pelos cômodos de convívio, como em uma manta no sofá para assistir à TV, almofadas, quadros e vasos.

Nas mantas e almofadas, alie essas cores a tecidos considerados invernais, como o veludo. A arquiteta Gabriela Bosso explica que materiais grossos de camurça, tricô, lã, crochê e couro são as melhores texturas no frio.

 

 

As cores terrosas ou os acabamentos de madeira também funcionam em abajures, que trazem um elemento imprescindível na hora de criar ambientes acolhedores: a iluminação. Gabriela Yokota, responsável por produtos e tendências da Yamamura, loja especializada nesse segmento, explica que a temperatura da cor das luzes influencia no sensorial. Luzes de temperatura “branco quente”, amareladas aos nossos olhos, dão a sensação de aconchego e intimidade. Já a temperatura “branco frio” geralmente é usada na cozinha, na lavanderia e no escritório, ou seja, em ambientes que foram feitos para produzir, não para relaxar. De acordo com Gabriela, lâmpadas retrô, antigamente produzidas com filamento de carbono e hoje feitas de LED, tiveram alta demanda. “São eficientes, sustentáveis e consomem menos energia”, diz Gabriela. Elas podem ser usadas em abajures, arandelas fixadas na parede, em luminárias de piso perto de poltronas ou pendentes. “Velas decorativas podem ser opções baratas que imitam o aconchego das luzes amareladas e ainda perfumam o ambiente”, sugere Juliana.

+Assine a Vejinha a partir de 6,90

Lareiras ecológicas: grande isqueiro, apenas com álcool e fogo (Manu Oristanio/Divulgação)

E o que fazer para deixar o banheiro quentinho? A saída é instalar aquecedores no chão. Muito usada em países frios, há no mercado uma resistência que pode ser fixada embaixo dos ladrilhos, conhecida como aquecimento de piso. A mesma lógica serve para toalheiros térmicos, varais fixados na parede e plugados na tomada que secam e esquentam as toalhas. Os dois dispositivos não aquecem a ponto de danificar o piso ou tecidos.

Desde o início da pandemia, o hábito de lavar as mãos com mais frequência se tornou fundamental. No inverno, aquecedores elétricos de água podem ser instalados tanto nas torneiras do banheiro quanto nas da cozinha, fazendo toda a diferença na hora da higiene diária ou de lavar a louça. “Só quando o frio chega é que as pessoas se arrependem de não terem feito o aquecimento das torneiras”, brinca Juliana. A arquiteta explica que é necessário apenas ter uma tomada perto da pia. O aparelho é discreto e custa, em média, 300 reais, dependendo da potência elétrica e da vazão da água.

Marília também explica que qualquer um pode ter sua própria lareira. No mercado, há modelos disponíveis que não necessitam de chaminé ou de instalação a gás, e são chamados de ecológicos. A tecnologia da lareira ecológica trabalha à base de um biofluido, popularmente conhecido como álcool ou etanol de cereais, e funciona como um grande isqueiro. Outro jeito de aquecer a casa é usar o bom e velho ar condicionado quente. “Nem todos sabem que a diferença de valor é pequena entre os aparelhos de ar-condicionado com uma e duas funções, então prefira um que seja quente e frio”, indica a designer.

Continua após a publicidade

Confira lista de itens para deixar a casa quente e aconchegante:

 

        Continua após a publicidade
          (Carrefour/Divulgação)

          Publicado em VEJA SÃO PAULO de 1º de julho de 2020, edição nº 2693. 

           

          Publicidade

          Essa é uma matéria fechada para assinantes.
          Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

          Domine o fato. Confie na fonte.
          10 grandes marcas em uma única assinatura digital
          Impressa + Digital no App
          Impressa + Digital
          Impressa + Digital no App

          Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

          Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
          *Para assinantes da cidade de São Paulo

          a partir de R$ 39,90/mês

          PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
          Fechar

          Não vá embora sem ler essa matéria!
          Assista um anúncio e leia grátis
          CLIQUE AQUI.