Mostra aborda vertentes da trajetória de Chico Albuquerque
Referência da fotografia publicitária brasileira, o cearense tem 150 imagens reunidas em uma retrospectiva, no Museu da Imagem e do Som
Referência da fotografia publicitária brasileira, o cearense Chico Albuquerque tem 150 imagens reunidas em uma retrospectiva realizada em parceria com o Instituto Moreira Salles, que possui a guarda de seu acervo. Ampla e organizada de maneira impecável, a mostra aborda vertentes da trajetória do artista (1917-2000), no Museu da Imagem e do Som.
Nascido em Fortaleza, ele trabalhou no estúdio dos pais desde a adolescência e, aos 25 anos, chegou a participar da produção do documentário de Orson Welles É Tudo Verdade, filmado no Brasil e nunca finalizado. Em 1945, transferiu-se para São Paulo e passou a se dedicar à propaganda. Realizou projetos para marcas de automóvel, meia-calça, máquinas de costura, ventiladores e refrigeradores, todos presentes na atual montagem. Esse não era, contudo, o único talento de Albuquerque. Há um excelente núcleo de arquitetura. Constam ali os bastidores da construção do Pavilhão da Bienal, de Osca Niemeyer, do Edifício Louveira, de Vilanova Artigas, e um flagra de Lina Bo Bardi na Casa de Vidro.
Completam a exposição cenas urbanas da capital paulista e retratos de personalidades, como Juscelino Kubitschek e Maria Della Costa.
Clássicos da publicidade: Albuquerque, que participou do Foto Cine Clube Bandeirante, produziu comerciais célebres para o Fusca e a Kombi.