Abertura da Bienal é marcada por repúdio ao incêndio do Museu Nacional
"O incêndio no Museu Nacional é uma catástrofe de dimensões mundiais", disse Eduardo Saron, vice-presidente executivo da Fundação Bienal
“O incêndio no Museu Nacional é uma catástrofe de dimensões mundiais. Como muitas pessoas, chorei muito ao saber. Tenho um filho de oito anos e sinto muito em não poder levá-lo lá”, disse Eduardo Saron, vice-presidente executivo da Fundação Bienal e diretor do Itaú Cultural, na abertura da 33ª edição para imprensa e convidados na terça (4).
“Precisamos de uma política de estado que oriente e cuide do nosso patrimônio cultural. É preciso entender que não há inovação sem conservação”, completou Saron. Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc no estado de São Paulo, que também participou da cerimônia, fez coro: “A catástrofe não é somente a morte do museu, ela se amplia quando pensarmos o desprestígio geral da cultura”.
Gabriel Pérez-Barreiro, curador da mostra, falou depois Miranda. Ele se solidarizou com a tragédia para depois chamar ao espaço os sete artistas-curadores que o ajudaram a construir a exposição. A equipe foi formada pelo uruguaio Alejandro Cesarco, o espanhol Antonio Ballester Moreno, a argentina Claudia Fuentes, a sueca Mamma Andersson, a americana Wura-Natasha Ogunji e os brasileiros Waltercio Caldas e Sofia Borges.
A 33ª edição da Bienal de Artes de São Paulo abre as portas na sexta (7), feriado do Dia da Independência. A mostra, orçada em 26 milhões, conta com aproximadamente 100 artistas e 600 obras.