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6 razões fascinantes para visitar a exposição do impressionismo

Precisa de um incentivo para prestigiar a mostra? Reunimos vários que vão surpreendê-lo

Por Abril Branded Content
Atualizado em 24 jul 2017, 12h58 - Publicado em 30 jun 2017, 17h45

Você já até ouviu falar sobre o impressionismo, mas talvez não saiba que a história desse estilo artístico é cheia de curiosidades surpreendentes. Reunimos alguns desses fatos para você chegar bem informado e aproveitar ao máximo a mostra O Impressionismo e o Brasil, que fica em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo até 27 de agosto.

Patrocinada pelo Bradesco, a exposição narra a trajetória do movimento no país e no mundo a partir de quadros e gravuras criados entre o fim dos anos 1860 e a década de 1930, além de documentos, objetos e vídeos. Antes de partir para a visita, vamos lá:

1.  Tudo começou com uma crise econômica

Antique french coin 1873
(iStock/Getty Images)

É difícil imaginar que grandes nomes da arte, como Claude Monet e Camille Pissarro, tenham passado por graves dificuldades financeiras devido ao cenário econômico internacional. Em comum, eles não tinham apoio para sua arte e eram pais de família durante a primeira grande crise do capitalismo, em 1873. Em uma tentativa de melhorar a própria situação, 11 artistas arregaçaram as mangas e começaram a impulsionar iniciativas próprias, montando exposições e encontrando seus públicos e compradores. Assim, fundaram a Sociedade Anônima de Pintores, Escultores e Gravadores.

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Foi o começo de um movimento que ficaria para sempre marcado na história da arte mundial quando, em 15 de abril de 1874, a cidade de Paris, na França, recebeu uma exposição de 165 obras de 30 artistas. Desse grupo, se destacaram nomes como Edgar Degas e Auguste Renoir, que se tornaram alguns dos mais importantes e representativos artistas do século 19.

2. R$ 255 milhões foi o preço pago por esta obra, mas o comprador ameaçou queimá-la

O baile no moulin de la Galette
O Baile no Moulin de la Galette (Pierre Auguste Renoir/Wikimedia Commons)

Um dos 20 quadros mais caros da história é do artista impressionista Auguste Renoir – quando foi leiloado, ele era o segundo mais caro, mas já perdeu o posto. O Baile no Moulin de la Galette foi adquirido por 78 milhões de dólares (por volta de 255 milhões de reais atualmente) em 1990. O comprador foi o executivo Ryoei Saito, que também adquiriu uma obra do pós-impressionista Van Gogh, e chegou a declarar que gostaria que os quadros fossem cremados com ele quando morresse. A possibilidade gerou comoção internacional e o executivo teve que ir a público declarar que era tudo uma piada. Saito morreu em 1996, mas as obras foram vendidas sigilosamente em vez de encararem o trágico fim.

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Curiosamente, Renoir pintou duas versões dessa obra: uma grande, de 131 por 175 centímetros – que está no Museu d’Orsay, em Paris –, e uma menor, de 78 por 114 centímetros – que gerou a cifra milionária.

Ah, as obras de Renoir estão no Brasil

Oito telas de Renoir estão expostas no MAM. Nos quadros dele, as pessoas comuns são as protagonistas e a natureza ao fundo transborda calor de verão. Para muitos críticos, esse estilo único de capturar a felicidade do instante demonstra a atitude do pintor perante a vida. “Plasmando os sonhos e as utopias da sua geração, Renoir tornou-se um cronista de sua época”, escreve a historiadora da arte Martina Padberg em seu livro O Impressionismo.

3.  Pintar ao ar livre é comparado a fotografar com o celular

Mulher fotografando no museu
(svetikd/Getty Images)

Haveria impressionismo sem a tinta a óleo? Pintores amadores de toda parte foram estimulados pela praticidade proporcionada pelo desenvolvimento do equipamento portátil. Ele foi essencial para esses artistas, que trabalhavam ao ar livre e realizavam uma pintura rápida para captar a luz desejada em seus quadros. O mestre Monet, por exemplo, se munia de tinta e fazia de um velho barco seu “ateliê flutuante” enquanto trabalhava diretamente na natureza. No Brasil, não foi diferente: o movimento surgiu aqui, entre outras razões, impulsionado pela chegada de tintas industriais e insumos para a pintura ao mercado local.

Além das obras, a exposição do MAM apresenta alguns objetos utilizados para a pintura ao ar livre, como bisnagas de tinta e pincéis. Em suas devidas proporções, Felipe Chaimovich, o curador da mostra, vê muitas semelhanças entre aquele período e o que ocorre atualmente, em que tudo é fotografado graças à facilidade proporcionada pelos smartphones.

4. O título “impressionismo” veio de uma reclamação

Claude Monet - Impressão, nascer do sol
Impressão: Amanhecer (Claude Monet/Wikimedia Commons)

Conta-se que o irmão de Renoir, Edmond, ficou muito aborrecido com a monotonia nos títulos dos quadros de Monet (Entrada na AldeiaSaída da AldeiaManhã na Aldeia…) e pediu que ele os modificasse. O pintor, então, nomeou sua obra com uma paisagem do porto de Le Havre de Impressão: Amanhecer. Alguns dias depois da exposição em Paris, críticos de arte como Jules Castagnary se apropriaram da ideia para descrever os artistas e caracterizar a nova pintura que traziam: “São impressionistas no sentido que não representam paisagens, mas antes a sua impressão sobre as paisagens”.

5. O cotidiano era um must

Série Boulevard Montmartre, de Camille Pissarro
Série de quadros Boulevard Montmartre (Camille Pissarro/Wikimedia Commons)

Nem a mitologia antiga, nem os mitos bíblicos ou mesmo o passado glorioso da França inspiravam os quadros dos pintores impressionistas. Eram a vida cotidiana na capital e a representação do espaço público e da sociedade parisiense que os interessavam. Os quadros retratavam pessoas modernas em ambientes urbanos – fossem parques, cafés, óperas ou na rua – e, graças a isso, testemunharam e representaram a rápida transformação pela qual passou a cidade de Paris. Em tempo recorde, ela deixou de ser uma cidade medieval para tornar-se uma metrópole. E contou com obras impressionistas para ilustrar tanto a grandeza quanto a miséria da moderna sociedade urbana.

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6.  O impressionismo também teve destaque aqui

Trecho do Rio de Janeiro, por Lucílio de Albuquerque
Trecho do Rio de Janeiro (Lucílio de Albuquerque/Wikimedia Commons)

A pintura ao ar livre passou a ser praticada no Brasil em 1884. Georg Grimm iniciou o ensino do estilo na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro e abriu uma escola de pintores que se identificavam com seus ensinamentos. O momento histórico foi surpreendente: entre 1882 e 1889, o número de lojas especializadas em artigos para pintura no Rio saltou de 11 para 52.

A repercussão do estilo artístico no país pode ser conferida na exposição do MAM, que também traz telas de dez artistas brasileiros e estrangeiros residentes que marcaram esse movimento em terras tupiniquins. São eles: Grimm, Antonio Parreiras, Antônio Garcia Bento, os irmãos Arthur e João Timótheo da Costa, Eliseu d’Angelo Visconti, Georgina de Moura Andrade Albuquerque, Giovanni Battista Castagneto, Lucílio de Albuquerque e Mário Navarro Costa.

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O Impressionismo e o Brasil
Patrocinada pelo Bradesco

Onde: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Grande Sala
Endereço: Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3, São Paulo – SP
Quando: até 27 de agosto. Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Quanto: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Gratuita aos sábados

 

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