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O show dos Titãs em São Paulo neste sábado (28) será especial. A noite terá tanto a participação luxuosa de Roberto de Carvalho, como o retorno de Branco Mello aos palcos, após período afastado por questões de saúde.
A atual turnê Microfonado, que acompanha o lançamento do projeto audiovisual de mesmo nome, tem como intuito uma reaproximação mais intimista com o público, com instrumentos e arranjos mais acústicos, e casas de show menores em comparação aos estádios percorridos durante a turnê Encontro.
O trio, formado por Sérgio Britto, Tony Bellotto e Branco Mello, é acompanhado no palco pelo guitarrista Beto Lee e o baterista Mário Fabre. A cantora Bruna Magalhães também fará uma participação especial.
Em tratamento médico desde julho, Branco passou por uma cirurgia para a retirada de um pequeno tumor inicial, localizado em uma das amígdalas, detectado em exame de rotina. O cantor foi diagnosticado pela primeira vez com um tumor na faringe em 2018.
Sobre o show, que promete ser emocionante, confira a entrevista a seguir com os músicos paulistanos.
4 perguntas para Titãs
Queria saber do Branco: como está a expectativa para o retorno aos palcos nesse show em São Paulo?
BRANCO MELLO A expectativa é grande. Tenho me preparado todos os dias para esse reencontro com meus amigos e com o público. É mais um grande desafio na minha vida essa volta aos palcos depois de uma cirurgia para retirada de um tumor da amígdala. Continuo fazendo muita fono para voz, para deglutição, fisioterapia e estou bem preparado para esse novo momento.
Qual a diferença desse formato de show da turnê Microfonado para a turnê do Olho Furta-Cor — é um show mais intimista e menos elétrico, mesmo em um lugar maior como o Espaço Unimed?
TONY BELLOTTO O Titãs Microfonado é um show mais intimista, essa é uma das características principais dele. Isso não quer dizer que ele seja menos vibrante e elétrico, até porque a formação é eletroacústica. Outro grande diferencial é a visão abrangente da nossa carreira inteira. Tem desde a nosso primeira música de sucesso, Sonífera Ilha, até as últimas inéditas, como Apocalipse Só. Além do fato da gente ter esses dois convidados, o Roberto de Carvalho e a Bruna Magalhães, que expressam também uma das características principais do audiovisual, que são as participações.
Qual a relação de vocês com Roberto de Carvalho, e como foi feito esse convite para a participação dele?
TONY BELLOTTO Roberto de Carvalho, nessa altura, podemos chamar de um parente, um irmão. A gente conhece ele antes dele conhecer a gente, já éramos fãs do trabalho com a Rita (Lee). Depois, quando a gente iniciou profissionalmente, ele foi um cara sempre muito acessível, que sempre nos elogiou. Fizemos coisas juntos, participamos do acústico dele e da Rita, e ele já participou de coisas nossas. Nos últimos tempos, depois que o Beto (Lee, filho de Rita e Roberto) entrou para a banda, ele virou definitivamente alguém da família. Nós acompanhamos toda a tragédia, a dureza da morte da Rita, fomos muito solidários ali em todo o momento do luto que o Roberto encarou e continua encarando com tanta dignidade. Convidamos ele para fazer uma jam no programa do Serginho Groisman que homenageou o Ney Matogrosso, e agora a gente chamou ele de novo para participar desse show. É um irmão que vai abrilhantar de maneira absurda essa noite em São Paulo.
No projeto Microfonado, vocês trouxeram alguns nomes da nova geração para gravar o disco, como Vitor Kley e Bruna Magalhães, que também participa do show. Vocês acham importante fazer esse diálogo e trazer nomes da nova geração para projetos com vocês?
TONY BELLOTTO Uma das características fundamentais da música dos Titãs, desde o início da carreira, 42 anos atrás, é justamente essa diversidade, a vontade de experimentar vários tipos de músicas, de diferentes referências estéticas. Nesse momento, depois da turnê do Titãs Encontro, uma das melhores maneiras de ver os Titãs é enxergar essa diversidade. Os convidados do projeto obedeceram essa ideia, de falar para todo mundo. Então temos sim essa vontade de se comunicar com o público mais jovem, assim como a necessidade do público mais jovem se comunicar com a gente. A escolha do Major RD, do Victor Kley e da Bruna Magalhães tem tudo a ver com isso. Por outro lado, quando a gente escolhe o Ney Matogrosso, que é essa lenda viva, a Preta Gil e o Lenine, também vem dessa vontade de nos comunicarmos com todo mundo. É isso que vemos nos shows, tem gente da nossa idade, mais velha, mais nova, adolescentes, pré-adolescentes e até crianças. Isso é a maior e melhor recompensa que podemos ter.
12 anos. Espaço Unimed. Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, ☎ 3868-5860. ♿ Sáb. (28), 22h. R$ 180,00 a R$ 380,00. espaçounimed.com.br.
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